quinta-feira, maio 11, 2006

COLUNA DO HERZOG

O samba dos petistas doidos (pelo poder)

Cronista de inteligência e perspicácia fulminantes, Stanislaw Ponte Preta se esbaldaria com o Brasil moderno. Por muito menos, ele emborcou a república, macaqueando costumes e atitudes da vida nacional entre os anos 40 e 60. A matéria-prima era a postura rocambolesca da elite, a graça do zé-ninguém ou as peripécias da malandragem de botequim.
Num tempo de brilhantismo intelectual, da ousadia político-administrativa de JK e da migração em massa de levas de brasileiros do campo às cidades, (o Sérgio Porto, seu verdadeiro nome), “suava” para escrever. Mesmo a banalidade, estaria decididamente obrigada ao festim nesse hemisfério, abaixo da linha do Equador.
Pincelando o Brasil da era Lula, herdado em vícios ao quadrado dos tucanos de FHC, o cronista enfrentaria uma concorrência desleal. Isso, mesmo se levando em conta a facilidade para a exploração de temas que estão à superfície, em estado natural, germinando em profusão na pátria brasileira.
Não dá para idear o que sairia da cabeça satírica de Stanislaw. É certo, que no mínimo estaria embaraçado na narrativa quanto a diversos personagens da política e seus soldados rasos. Seria para rir ou chorar, descrever que em vez de transferências eletrônicas de numerário, o PT bolou a cueca on-line?
Noutra frente de produção hilariante, um ex-ministro petista desembarca em Mossoró e garante: “Em dez anos é possível acabarmos com o analfabetismo”. Pelo visto, o Zé Dirceu, e não o Carioca, costura plano de extermínio em massa - e não de supressão em larga escala da ignorância. Seria a solução final que Hitler e Stalin encetaram, aqui numa versão analfas tropicais.
Refluindo um pouco no tempo, aparece um ex-assessor que teria acompanhado malas abarrotadas de dólares cruzando os céus do país, para financiamento de campanhas. Entretanto, ele se diz inabilitado para maiores esclarecimentos, porque estava “bêbado”. Seria pavor duplo: quem tem, tem medo. Estando grogue, mais ainda.
Recentemente exumaram o Silvinho, o Sílvio Pereira. O ex-secretário geral do mesmo PT, que brincava com seu jipinho Land-Rover doado por amigos, está pirado, perturbado e sofrendo de amnésia. Além de palavras quase ininteligíveis como “gugu-dada dinheiro”, ele só consegue balbuciar com segurança que “o presidente Lula não sabia de nada”.
Com tanta fartura de histórias desse siticom (comédia de costumes), Primo Altamirando, Rosamundo e Tia Zulmira, personagens vivos de Stanislaw Ponte Preta, não teriam vez. E o próprio autor, também afeito à composição musical, faria a releitura de um imortal sucesso seu. Ganharíamos a versão Samba do Petista Doido (pelo poder).

PRIMEIRA PÁGINA

CENSO - Quando esteve pelo Congresso Nacional como deputado constituinte, Lula estimara que “300 pilantras” viviam nessa toca. Depois do levantamento inicial recente de que pelo menos 170 estão passeando às expensas de ambulâncias superfaturadas, a contagem se aproxima do censo feito pelo então barbudo e esquerdista Lula. Ah, moleques!!
DUPLO – Setores do sistema da prefeita Fafá Rosado (PFL) alimentam noticiário político em duas frente. Numa, irriga a idéia da linha dura de que quem não estiver apoiando o médico Leonardo da Vinci Nogueira a deputado estadual, será expurgado. Em outra direção, afirma algo diametralmente oposto. Quem ganha a fama de mau é a oposição – que na verdade não existe em Mossoró.
REPRODUÇÃO – Em conversa informal entre amigos, a mulher do deputado federal Betinho Rosado, Meire Barrocas, comparou com propriedade: “Geraldo Alckmin (pré-candidato a presidente pelo PSDB) me lembra muito Luiz Pinto (ex-candidato a prefeito de Mossoró em 1992).” Segundo ela, Alckmin não empolga. Só para lembrar: Luiz Pinto perdeu as eleições àquele ano para Dix-huit Rosado.
DESDÉM – O desdém com que alguns partidários dos senadores José Agripino (PFL) e Garibaldi Filho tratam a governadora Wilma de Faria (PSB) não se ampara na realidade dos fatos. Se a governadora é tão frágil, por que o empenho comum de adversários históricos em se juntarem à disputa contra ela?

GERAIS

- Obrigado pelo contato do advogado-professor David Leite, que está além-mar, na Universidade de Salamanca (Espanha) em estada de estudos. Continue nos acessando.
- Também agradecimentos ao advogado Daniel Victor, psicanalista Graça Sabino (Natal), jornalista Kalianne Pereira “Santos”, médico Othon Marinho (Chicago-EUA), engenheiro Rogério Fridman (Berlim).
- Minha cara Rose Cantídio, mantenho-me naquele mesmo número de celular que lhe passei há semanas.
- Incompreensível que um dos organizadores do movimento de associativismo para os flanelinhas de Mossoró não tenha tido o direito inalienável, à palavra, em encontro ocorrido na Câmara de Vereadores. O MP lhe suprimiu o espaço, em favor de um “boneco” arrebanhado às pressas pela própria prefeitura para apenas elogiar o governo.
- Um dos líderes dos grevistas da educação da Uern, o professor Lúcio Ney é enfático. “A paralisação é política, mas lutamos nesse contexto pela execução de um Plano de Cargos e Salários e não diretamente por um benefício financeiro para este instante”.

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