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“Serei bem felizes quando os homens vos odiarem, vos separarem, vos tratarem injuriosamente, rejeitarem vosso nome como mau por causa do Filho do homem. Regozijai-vos nesse dia e exultai de alegria, porque uma grande recompensa vos será reservada no céu...” (São Lucas 4:22-23)
Deus, meu Pai,
Perdoe-me incomodar-LHE a esta hora, mas é urgente a situação. E pela urgência, nem tive tempo de ficar a sós, nem de apagar a luz, nem de encontrar a paz, nem de folgar os nós dos sapatos, da gravata e dos desejos e receios, como recomenda o camarada Gilberto Gil... para falar com Você, meu Pai. Assim, envio-LHE esse e-mail, já que os correios continuam com problema, aqui na terra, devido ao modo petista de governar...
Qual a urgência?! Estamos comendo o pão que o diabo amassou... Sim! Nós médicos estamos sendo massacrados por todos os outros profissionais da saúde, só porque estamos lutando pelos nossos direitos.
Tá certo! Acusam-nos de querer ser diferentes... mas, quem criou essa diferença, e me perdoe, meu Pai, não foi o senhor, quando lá na Gênese – para realizar a sua principal obra, que foi a criação da mulher –, colocou Adão em sono profundo (anestesiado) e fez a primeira cirurgia – uma costectomia – ou seja, retirou-lhe uma costela?
Desculpe-me, mais uma vez, e com todo respeito que guardo pelo Senhor, mas não teria sido melhor se Adão tivesse ido à farmácia, comprado um emplastro sabiá, para colocar sobre as costelas e assim nascer Eva? Ou quem sabe se não ficaria mais justo se Adão tivesse retirado um dente incluso, que estivesse doendo, e desse dente fosse feita a sua companheira? O fato, meu Pai, é que acho que o Senhor só não poderia nunca ter feito isso conosco – com os médicos... agora estamos pagando o pato... E haja revolta!
É o ser humano, não é, meu Pai? O Senhor sabe mais do que ninguém que a verdade dita por Sartre: de que o inferno são os outros, vem explicar toda essa ira jogada contra nós. Essa mesma inveja que matou o seu filho, nosso irmão Cristo. Aliás, meu Pai, se o meu irmão Cristo estiver aí sentado a sua direita, por favor, diga-lhe que Ele também tem a sua parcela de culpa... pois Ele nunca poderia ter dito: “Os sãos não precisam de médicos!”. Ficaria mais elegante se Ele (Cristo) tivesse substituído a palavra médico, por qualquer outro profissional de saúde...
Ainda mais, meu Pai, se fizermos uma rápida análise, logo, logo, chegaremos à conclusão de que qualquer profissional de saúde é mais importante do que o médico. Não só mais importante como também mais inteligente. Afinal, eles estudam menos do que nós, que passamos seis anos na faculdade, mais, pelo menos, três de residência médica – e tem até quem, por total falta de inteligência, ainda resolve fazer mestrado e doutorado, num país onde falar errado e perder um dedo pode levar o indivíduo ao topo máximo, quer dizer ao poder supremo...
Eu sei e o Senhor vai concordar que é tão claro que, diante de um ferimento por arma de fogo na aorta abdominal, mais importante do que o cirurgião vascular, é o fio de sutura... mais claro ainda é que, diante de um traumatismo craniano grave (TCE), com escala de coma de Glasgow de 6, mais importante do que um neurocirurgião, é saber onde o doente mora... quantos quartos e quantas pessoas habitam na casa ...
Portanto, meu pai, diante de toda essa celeuma criada, venho pedir-lhe que dê um jeito, aí em cima, para que todos os que aqui embaixo se encontram, leiam a questão 804 do livro dos espíritos, em que Allan Kardec questiona o porquê de o Senhor não ter dado as mesmas aptidões a todos os homens. Aí eles verão a resposta e talvez se acalmem, ou melhor, talvez se conformem: “...
A diferença entre os espíritos está na diversidade dos graus da experiência alcançada... Daí se aperfeiçoarem uns mais rapidamente do que os outros, o que lhes dá aptidões diversas. Necessária é a variedade das aptidões, a fim de que cada um possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais...”.
Francisco Edílson Leite Pinto Junior - Professor, médico e escritor
“Serei bem felizes quando os homens vos odiarem, vos separarem, vos tratarem injuriosamente, rejeitarem vosso nome como mau por causa do Filho do homem. Regozijai-vos nesse dia e exultai de alegria, porque uma grande recompensa vos será reservada no céu...” (São Lucas 4:22-23)
Deus, meu Pai,
Perdoe-me incomodar-LHE a esta hora, mas é urgente a situação. E pela urgência, nem tive tempo de ficar a sós, nem de apagar a luz, nem de encontrar a paz, nem de folgar os nós dos sapatos, da gravata e dos desejos e receios, como recomenda o camarada Gilberto Gil... para falar com Você, meu Pai. Assim, envio-LHE esse e-mail, já que os correios continuam com problema, aqui na terra, devido ao modo petista de governar...
Qual a urgência?! Estamos comendo o pão que o diabo amassou... Sim! Nós médicos estamos sendo massacrados por todos os outros profissionais da saúde, só porque estamos lutando pelos nossos direitos.
Tá certo! Acusam-nos de querer ser diferentes... mas, quem criou essa diferença, e me perdoe, meu Pai, não foi o senhor, quando lá na Gênese – para realizar a sua principal obra, que foi a criação da mulher –, colocou Adão em sono profundo (anestesiado) e fez a primeira cirurgia – uma costectomia – ou seja, retirou-lhe uma costela?
Desculpe-me, mais uma vez, e com todo respeito que guardo pelo Senhor, mas não teria sido melhor se Adão tivesse ido à farmácia, comprado um emplastro sabiá, para colocar sobre as costelas e assim nascer Eva? Ou quem sabe se não ficaria mais justo se Adão tivesse retirado um dente incluso, que estivesse doendo, e desse dente fosse feita a sua companheira? O fato, meu Pai, é que acho que o Senhor só não poderia nunca ter feito isso conosco – com os médicos... agora estamos pagando o pato... E haja revolta!
É o ser humano, não é, meu Pai? O Senhor sabe mais do que ninguém que a verdade dita por Sartre: de que o inferno são os outros, vem explicar toda essa ira jogada contra nós. Essa mesma inveja que matou o seu filho, nosso irmão Cristo. Aliás, meu Pai, se o meu irmão Cristo estiver aí sentado a sua direita, por favor, diga-lhe que Ele também tem a sua parcela de culpa... pois Ele nunca poderia ter dito: “Os sãos não precisam de médicos!”. Ficaria mais elegante se Ele (Cristo) tivesse substituído a palavra médico, por qualquer outro profissional de saúde...
Ainda mais, meu Pai, se fizermos uma rápida análise, logo, logo, chegaremos à conclusão de que qualquer profissional de saúde é mais importante do que o médico. Não só mais importante como também mais inteligente. Afinal, eles estudam menos do que nós, que passamos seis anos na faculdade, mais, pelo menos, três de residência médica – e tem até quem, por total falta de inteligência, ainda resolve fazer mestrado e doutorado, num país onde falar errado e perder um dedo pode levar o indivíduo ao topo máximo, quer dizer ao poder supremo...
Eu sei e o Senhor vai concordar que é tão claro que, diante de um ferimento por arma de fogo na aorta abdominal, mais importante do que o cirurgião vascular, é o fio de sutura... mais claro ainda é que, diante de um traumatismo craniano grave (TCE), com escala de coma de Glasgow de 6, mais importante do que um neurocirurgião, é saber onde o doente mora... quantos quartos e quantas pessoas habitam na casa ...
Portanto, meu pai, diante de toda essa celeuma criada, venho pedir-lhe que dê um jeito, aí em cima, para que todos os que aqui embaixo se encontram, leiam a questão 804 do livro dos espíritos, em que Allan Kardec questiona o porquê de o Senhor não ter dado as mesmas aptidões a todos os homens. Aí eles verão a resposta e talvez se acalmem, ou melhor, talvez se conformem: “...
A diferença entre os espíritos está na diversidade dos graus da experiência alcançada... Daí se aperfeiçoarem uns mais rapidamente do que os outros, o que lhes dá aptidões diversas. Necessária é a variedade das aptidões, a fim de que cada um possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais...”.
Francisco Edílson Leite Pinto Junior - Professor, médico e escritor
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