Outro joão-ninguém. Só isso.
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." (Martin Niemöller, pastor protestante na Alemanha Nazista, 1933)
Seu nome? João. Outro João. Apenas seis anos e uma vida toda pela frente, subtraída de forma bárbara por uma horda insensível de jovens sem-destino.
O Brasil, como sempre ocorre após esse tipo de acontecimento trágico, rosna de Norte a Sul, querendo soluções imediatas, combate ostensivo ao crime, pena de morte, redução de maioridade penal e legislação mais dura etc. Tudo chilique passional, intempestivo, desprovido do equilíbrio necessário à resolução do problema.
O garoto que foi arrastado num carro em fuga, ocupado por marginais, e que teve o corpo despedaçado ao longo de quatro bairros e mais de 7 quilômetros, será mais uma vítima. Só isso. Deixa de ser gente para virar estatística. O choque inicial será convertido em comodismo coletivo.
O que ocorreu a um menino indefeso, trucidado por delinqüentes juvenis, não chega a ser exceção. É regra. Dias depois, somente em poucas horas, dez pessoas foram mortas em tiroteios no Rio de Janeiro, a terra-berço de João. A antes cidade maravilhosa vive uma guerra civil há décadas e nada consegue aplacar o cenário conflagrado.
Mas é hipocrisia acharmos que tudo é uma situação localizada. É só no Rio, São Paulo, nas grandes metrópoles. Aqui, em Natal, estão dizimando gente aos montes. Em Mossoró, o crime – mesmo desorganizado – estabelece seu império.
A violência é tão natural e histórica, quanto à própria vida humana. Nasceu com o indivíduo. Entretanto, estamos diante da selvageria torpe, que se multiplica sem uma resposta do Estado às angústias da sociedade.
Virão outras vítimas. Depois desse João, um joão-ninguém, Pedro, Maria, Fábio... Quem se importa com isso?
PRIMEIRA PÁGINA
VISADO – Dirigente da Codern, vereador licenciado de Mossoró, Renato Fernandes (PR), está com o cargo federal bastante visado. O PMDB quer sua cadeira para o ex-deputado estadual Elias Fernandes (PMDB). Mas a possibilidade do senador e ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR-AM), que é norte-rio-grandense de Martins, voltar ao ministério, pode segurar Renato.
SAÚDE – A saúde de Marlos Rosado, 30, filho da senadora Rosalba Ciarlini (PFL) e do ex-deputado estadual Carlos Augusto (PFL), voltou a preocupar a família e amigos. Recidiva de uma patologia que aflorou aos 14 anos em Marlos, aparentemente debelada, está se manifestando desde o dia 1º último, na posse de Rosalba. Ele continua em Brasília, onde estava àquele dia. Que tenha saúde.
BANDIDOS – Uma classe política que só se esmera em arranjar empregos para parentes, cupinchas e arrumar a própria vida com o dinheiro público, não é menos delinqüente do que Fernandinho Beira-mar e outros notórios criminosos. O agravante, é que no primeiro caso, ela se investe no papel de representante do povo para cometer seus crimes. Os meliantes que descem o morro são mais autênticos.
SUCESSÃO - O critério quanto ao que seja cultura em Mossoró, aos olhos da Prefeitura local, continua surpreendendo. Contrataram a “cantora” Preta Gil para ser madrinha de um baile carnavalesco no sábado, onde se surpreendeu ao ser chamada a cantar. Pelo menos uma música. Há poucos meses, o escritor premiado nacionalmente, Marcos Ferreira, foi demitido da Biblioteca Municipal “por contenção de despesas” e não teve apoio do município para receber prêmio nacional de literatura em Manaus (AM). E olhe que queriam transformar a cidade em “Capital Brasileira da Cultura”.
GERAIS
- O carnaval multicultural de Natal promete ser envolvente. A cidade está movimentada, antecipadamente.
- Licânia. Este é o título do livro de contos da lavra do engenheiro da petrobras Clauder Arcanjo, com lançamento previsto para março. Clauder, em pararelo a suas obrigações profissionais, desenvolve intensa atividade literária, escrevendo poesia, crônica, contos, etc.
- Obrigado à leitura deste Blog a Artur Leite Neto, jornalista Franklin Jorge e publicitário Jenner Tinoco.
SÓ PRA CONTRARIAR
Proposta de lei: o indivíduo que detenha curso superior e for condenado por crimes contra a vida e o patrimônio público deve ter pena ampliada em um terço.
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." (Martin Niemöller, pastor protestante na Alemanha Nazista, 1933)
Seu nome? João. Outro João. Apenas seis anos e uma vida toda pela frente, subtraída de forma bárbara por uma horda insensível de jovens sem-destino.
O Brasil, como sempre ocorre após esse tipo de acontecimento trágico, rosna de Norte a Sul, querendo soluções imediatas, combate ostensivo ao crime, pena de morte, redução de maioridade penal e legislação mais dura etc. Tudo chilique passional, intempestivo, desprovido do equilíbrio necessário à resolução do problema.
O garoto que foi arrastado num carro em fuga, ocupado por marginais, e que teve o corpo despedaçado ao longo de quatro bairros e mais de 7 quilômetros, será mais uma vítima. Só isso. Deixa de ser gente para virar estatística. O choque inicial será convertido em comodismo coletivo.
O que ocorreu a um menino indefeso, trucidado por delinqüentes juvenis, não chega a ser exceção. É regra. Dias depois, somente em poucas horas, dez pessoas foram mortas em tiroteios no Rio de Janeiro, a terra-berço de João. A antes cidade maravilhosa vive uma guerra civil há décadas e nada consegue aplacar o cenário conflagrado.
Mas é hipocrisia acharmos que tudo é uma situação localizada. É só no Rio, São Paulo, nas grandes metrópoles. Aqui, em Natal, estão dizimando gente aos montes. Em Mossoró, o crime – mesmo desorganizado – estabelece seu império.
A violência é tão natural e histórica, quanto à própria vida humana. Nasceu com o indivíduo. Entretanto, estamos diante da selvageria torpe, que se multiplica sem uma resposta do Estado às angústias da sociedade.
Virão outras vítimas. Depois desse João, um joão-ninguém, Pedro, Maria, Fábio... Quem se importa com isso?
PRIMEIRA PÁGINA
VISADO – Dirigente da Codern, vereador licenciado de Mossoró, Renato Fernandes (PR), está com o cargo federal bastante visado. O PMDB quer sua cadeira para o ex-deputado estadual Elias Fernandes (PMDB). Mas a possibilidade do senador e ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR-AM), que é norte-rio-grandense de Martins, voltar ao ministério, pode segurar Renato.
SAÚDE – A saúde de Marlos Rosado, 30, filho da senadora Rosalba Ciarlini (PFL) e do ex-deputado estadual Carlos Augusto (PFL), voltou a preocupar a família e amigos. Recidiva de uma patologia que aflorou aos 14 anos em Marlos, aparentemente debelada, está se manifestando desde o dia 1º último, na posse de Rosalba. Ele continua em Brasília, onde estava àquele dia. Que tenha saúde.
BANDIDOS – Uma classe política que só se esmera em arranjar empregos para parentes, cupinchas e arrumar a própria vida com o dinheiro público, não é menos delinqüente do que Fernandinho Beira-mar e outros notórios criminosos. O agravante, é que no primeiro caso, ela se investe no papel de representante do povo para cometer seus crimes. Os meliantes que descem o morro são mais autênticos.
SUCESSÃO - O critério quanto ao que seja cultura em Mossoró, aos olhos da Prefeitura local, continua surpreendendo. Contrataram a “cantora” Preta Gil para ser madrinha de um baile carnavalesco no sábado, onde se surpreendeu ao ser chamada a cantar. Pelo menos uma música. Há poucos meses, o escritor premiado nacionalmente, Marcos Ferreira, foi demitido da Biblioteca Municipal “por contenção de despesas” e não teve apoio do município para receber prêmio nacional de literatura em Manaus (AM). E olhe que queriam transformar a cidade em “Capital Brasileira da Cultura”.
GERAIS
- O carnaval multicultural de Natal promete ser envolvente. A cidade está movimentada, antecipadamente.
- Licânia. Este é o título do livro de contos da lavra do engenheiro da petrobras Clauder Arcanjo, com lançamento previsto para março. Clauder, em pararelo a suas obrigações profissionais, desenvolve intensa atividade literária, escrevendo poesia, crônica, contos, etc.
- Obrigado à leitura deste Blog a Artur Leite Neto, jornalista Franklin Jorge e publicitário Jenner Tinoco.
SÓ PRA CONTRARIAR
Proposta de lei: o indivíduo que detenha curso superior e for condenado por crimes contra a vida e o patrimônio público deve ter pena ampliada em um terço.
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