Terror dos vencedores
O anúncio conclusivo dos nomes que passam a compor a equipe de auxiliares diretos da governadora Wilma de Faria (PSB) está provocando, em vez do regozijo em torno dos nomeados, uma onda silenciosa e abjeta de terror - da capital ao sertão.
Não causa estranheza a torpeza dos gestos, a vilania das atitudes e a pequenez das ações. Tudo isso faz parte do universo político-administrativo tacanho e paupérrimo deste país, onde o costume de aparelhamento da atividade pública é institucionalizado, concorrendo para o naufrágio dos bem-intencionados.
Parece estranho, mas não é. A luta por cargos no terceiro escalão é feroz e ao mesmo tempo ridícula, dando a entender que Wilma estréia no governo do Estado. Até parece que a sua segunda gestão está dissociada da primeira, fazendo oposição ao seu próprio passado recente.
Os relatos apontam para telefonemas anônimos, o escárnio das piadas e as provocações contra atuais ocupantes de cargos de confiança no terceiro escalão e mais embaixo. Ora, se o governo tem o mesmo comando, como se justifica tamanha inquisição? O interessante, é que todos fazem parte do wilmismo, a coalizão de vencedores das eleições de 2006. Quem está ainda no cargo é aliado ou adversário?
Essa postura torquemadesca também depõe contra o poder central, a governadora. Permitindo a simples substituição, como se existisse um “recall” para troca de peças defeituosas, ela dará provas da perda de comando administrativo e incitará uma legião de pessoas contra si. Efeitos colaterais virão em 2010. Elementar, minha cara Wilma.
Se todos os novos secretários e chefes de autarquias fazem parte de um corpo uno, o governo Wilma, descabido que cada um tenha prerrogativas para banir colaboradores do grupo, só porque precisa nas cidades, de quem lhes sirva e não ao Estado. Nem menciono aqui aspectos relacionados à civilidade, respeito e elegância. As posturas iníquas indicam que esses indivíduos são geneticamente desprovidos de tais predicados, quando ridicularizam outros.
É bom não esquecerem que “tudo passa”, como afirmam os hindus.
Temos aí um terror endógeno inusitado. Persegue-se colaboradores, gente que ajudou o poder a continuar poder, como se fossem remanescentes de um império deposto. A baixaria seria reprovável contra os vencidos. Em relação a membros de uma mesma infantaria é imperdoável e pura covardia.
PRIMEIRA PÁGINA
GAVETAS – Ex-secretários e novos auxiliares da governadora Wilma estão dando seqüência à passagem de cargo, promovendo reuniões e apresentando relatórios. Em alguns casos, pegos de surpresa com a não-convocação, estão existindo pequenos embaraços. Mas faz parte do jogo do poder. É próprio do movimento de gavetas no poder público.
LÍDER – O deputado estadual Getúlio Rego (PFL) deve ser mesmo o líder oposicionista na Assembléia Legislativa. O deputado José Adécio (PFL), que só tem levado na cabeça desde que PFL e PMDB uniram-se, não quer o posto. A última decepção foi a perda da primeira-secretaria da Casa, quando foi entregue à própria sorte pelos líderes de PFL e PMDB.
EQUIPE – O ex-deputado estadual Carlos Augusto (PFL) teve que esticar seu tempo de Brasília por dois motivos: posse e questões relacionadas ao mandato da mulher, ex-prefeita e agora senadora Rosalba Ciarlini (PFL)
CASSADOS – Prefeito e vice. “O prefeito de Carnaúbas dos Dantas, Alexandre Dantas (PMDB) e o seu vice, Josean Azevedo, tiveram os mandatos cassados pela juíza Tatiane Socolosk – da 21ª Zona Eleitoral – por improbidade administrativa. A ação havia sido movida pela coligação Vitória do Povo, que alegou abuso do poder econômico e político. No período eleitoral teria havido distribuição de combustível para abastecer carros de som da campanha e pago com dinheiro público. Cabe recurso”. A informação é passada por Josenildo Carlos no saite www.agorasei.com.br, bem como Marcos Dantas.
GERAIS
- Ouvindo e lendo relatos do veraneio em Tibau (42 km de Mossoró), sinto-me como um sobrevivente. Dissertam sobre assaltos, iluminação precária, insegurança, exploração comercial, escassez de água, trânsito caótico, barulheira com torres de sonorização etc. Escapei por ter tomado um cuidado especial: não ir a Tibau no período. Vou agora.
- O policiamento militar para cobrir municípios com realização de Carnaval parece insuficiente. Pelo menos é o que ouvi de dois prefeitos sobre o assunto.
- Obrigado à leitura deste Blog ao engenheiro Romualdo Verdes (Brasília), jornalista Regy Carte e advogado Bernardo Fontes (Fortaleza-CE)
SÓ PRA CONTRARIAR
Se os aliados são enxotados, o que será feito dos adversários?
O anúncio conclusivo dos nomes que passam a compor a equipe de auxiliares diretos da governadora Wilma de Faria (PSB) está provocando, em vez do regozijo em torno dos nomeados, uma onda silenciosa e abjeta de terror - da capital ao sertão.
Não causa estranheza a torpeza dos gestos, a vilania das atitudes e a pequenez das ações. Tudo isso faz parte do universo político-administrativo tacanho e paupérrimo deste país, onde o costume de aparelhamento da atividade pública é institucionalizado, concorrendo para o naufrágio dos bem-intencionados.
Parece estranho, mas não é. A luta por cargos no terceiro escalão é feroz e ao mesmo tempo ridícula, dando a entender que Wilma estréia no governo do Estado. Até parece que a sua segunda gestão está dissociada da primeira, fazendo oposição ao seu próprio passado recente.
Os relatos apontam para telefonemas anônimos, o escárnio das piadas e as provocações contra atuais ocupantes de cargos de confiança no terceiro escalão e mais embaixo. Ora, se o governo tem o mesmo comando, como se justifica tamanha inquisição? O interessante, é que todos fazem parte do wilmismo, a coalizão de vencedores das eleições de 2006. Quem está ainda no cargo é aliado ou adversário?
Essa postura torquemadesca também depõe contra o poder central, a governadora. Permitindo a simples substituição, como se existisse um “recall” para troca de peças defeituosas, ela dará provas da perda de comando administrativo e incitará uma legião de pessoas contra si. Efeitos colaterais virão em 2010. Elementar, minha cara Wilma.
Se todos os novos secretários e chefes de autarquias fazem parte de um corpo uno, o governo Wilma, descabido que cada um tenha prerrogativas para banir colaboradores do grupo, só porque precisa nas cidades, de quem lhes sirva e não ao Estado. Nem menciono aqui aspectos relacionados à civilidade, respeito e elegância. As posturas iníquas indicam que esses indivíduos são geneticamente desprovidos de tais predicados, quando ridicularizam outros.
É bom não esquecerem que “tudo passa”, como afirmam os hindus.
Temos aí um terror endógeno inusitado. Persegue-se colaboradores, gente que ajudou o poder a continuar poder, como se fossem remanescentes de um império deposto. A baixaria seria reprovável contra os vencidos. Em relação a membros de uma mesma infantaria é imperdoável e pura covardia.
PRIMEIRA PÁGINA
GAVETAS – Ex-secretários e novos auxiliares da governadora Wilma estão dando seqüência à passagem de cargo, promovendo reuniões e apresentando relatórios. Em alguns casos, pegos de surpresa com a não-convocação, estão existindo pequenos embaraços. Mas faz parte do jogo do poder. É próprio do movimento de gavetas no poder público.
LÍDER – O deputado estadual Getúlio Rego (PFL) deve ser mesmo o líder oposicionista na Assembléia Legislativa. O deputado José Adécio (PFL), que só tem levado na cabeça desde que PFL e PMDB uniram-se, não quer o posto. A última decepção foi a perda da primeira-secretaria da Casa, quando foi entregue à própria sorte pelos líderes de PFL e PMDB.
EQUIPE – O ex-deputado estadual Carlos Augusto (PFL) teve que esticar seu tempo de Brasília por dois motivos: posse e questões relacionadas ao mandato da mulher, ex-prefeita e agora senadora Rosalba Ciarlini (PFL)
CASSADOS – Prefeito e vice. “O prefeito de Carnaúbas dos Dantas, Alexandre Dantas (PMDB) e o seu vice, Josean Azevedo, tiveram os mandatos cassados pela juíza Tatiane Socolosk – da 21ª Zona Eleitoral – por improbidade administrativa. A ação havia sido movida pela coligação Vitória do Povo, que alegou abuso do poder econômico e político. No período eleitoral teria havido distribuição de combustível para abastecer carros de som da campanha e pago com dinheiro público. Cabe recurso”. A informação é passada por Josenildo Carlos no saite www.agorasei.com.br, bem como Marcos Dantas.
GERAIS
- Ouvindo e lendo relatos do veraneio em Tibau (42 km de Mossoró), sinto-me como um sobrevivente. Dissertam sobre assaltos, iluminação precária, insegurança, exploração comercial, escassez de água, trânsito caótico, barulheira com torres de sonorização etc. Escapei por ter tomado um cuidado especial: não ir a Tibau no período. Vou agora.
- O policiamento militar para cobrir municípios com realização de Carnaval parece insuficiente. Pelo menos é o que ouvi de dois prefeitos sobre o assunto.
- Obrigado à leitura deste Blog ao engenheiro Romualdo Verdes (Brasília), jornalista Regy Carte e advogado Bernardo Fontes (Fortaleza-CE)
SÓ PRA CONTRARIAR
Se os aliados são enxotados, o que será feito dos adversários?
Um comentário:
Faço este breve relato não para comentar a frase e sim, levar ao conhecimento do Blog, que daqui de Aracaju/se, como bom mossoroense, sou um leitor de carteirinha. Extensivo ao jornal sério e corajoso PAGINA CERTA. Meus Parabéns.
Delmiro Moura
Funcionário Público(INSS)
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