O homem sumiu
Final das eleições de 1998, o vereador e ex-candidato a deputado estadual Vicente Rego sai de cena. A tentativa de se eleger à Assembléia Legislativa fracassara. Mas na Câmara Municipal de Mossoró os telefones não param, com meio-mundo de gente o procurando.
Escalado para despistar o cerco, “seu” “Antônio Cabeção”, vigia e dublê de telefonista, faz o que pode. Apesar da surdez acentuada e o pouco jeito para manuseio do telefone, ele se vira: “Doutor Vicente não apareceu” (...) “Ele saiu” (...) “Não sei dizer quando ele aparece...
Entre uma baforada e outra de seu nada aromático cigarro de palha, seu Antônio Cabeção mantém a ladainha.
Homiziado em lugar incerto e não sabido, Vicente Rego resolve ligar para a Câmara Municipal, à procura de um funcionário de sua confiança.
- Seu Antônio, é Vicente – apresenta-se.
Final das eleições de 1998, o vereador e ex-candidato a deputado estadual Vicente Rego sai de cena. A tentativa de se eleger à Assembléia Legislativa fracassara. Mas na Câmara Municipal de Mossoró os telefones não param, com meio-mundo de gente o procurando.
Escalado para despistar o cerco, “seu” “Antônio Cabeção”, vigia e dublê de telefonista, faz o que pode. Apesar da surdez acentuada e o pouco jeito para manuseio do telefone, ele se vira: “Doutor Vicente não apareceu” (...) “Ele saiu” (...) “Não sei dizer quando ele aparece...
Entre uma baforada e outra de seu nada aromático cigarro de palha, seu Antônio Cabeção mantém a ladainha.
Homiziado em lugar incerto e não sabido, Vicente Rego resolve ligar para a Câmara Municipal, à procura de um funcionário de sua confiança.
- Seu Antônio, é Vicente – apresenta-se.
Sem reconhecer a voz do interlocutor, seu Antônio resume o quadro: “Meu amigo, esse homem sumiu; depois da derrota não tem quem encontre ele”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário