Lapada no bom senso
Leio o ótimo jornalista Marcos Dantas (http://www.marcosdantas.zip.net/), sempre focado às coisas do Seridó, em todos os quadrantes da atividade humana, que em Jardim do Seridó uma banda musical causou constrangimento. Foi durante festa da padroeira. Sinceramente, não estranho o episódio narrado.
Mas o que termina servindo a mim, como objeto de análise, é o contra-senso dos que organizam um evento social, em meio à louvação religiosa, colocando como atração um grupo que exalta “puta, cachaça e cabaré”. Segundo relato de Marcos, dançarinas do grupo saracoteavam coreografias chulas, na música “Lapada na rachada”, enquanto o cantor principal passava o braço entre as pernas delas, como se houvesse simulação de um ato sexual. Com direito a empalmar a vulva (benza Deus!).
Na platéia, senhoras, adolescentes, pessoas idosas e os mais variados estamentos sociais do município, testemunhavam a tudo. A padroeira, a imaculada Nossa Senhora da Conceição, quase desaba do altar diante da bizarrice pagã.
Os artistas, uma gente em sua maioria de pouca instrução, apenas repetiam diante da multidão, o que fazem em clubes, vaquejadas e promoções popularescas Nordeste afora. Independentemente do que provocam, o fazem por terem o retorno de público. Na essência, é uma gente sofrida, mal-remunerada e por vezes humilhada, submetida a regime de trabalho quase escravo.
Os excessos são culpa, sobretudo, de quem organiza uma festa sócio-religiosa e acha interessante novidade musical que lote a praça, quando poderia se preocupar com enriquecimento cultural, respeito à fé. Lapada na rachada e outras músicas que cultuam modos lascivos, do masoquismo à orgia humana, retratam chagas de uma sociedade inculta e que continua sendo bombardeada por subprodutos do universo consumista.
Certamente se houvesse a contratação do Coral Canto do Povo de Natal, a Orquestra Sanfônica de Mossoró ou o Padre Zezinho, entre milhares de outras opções, não existiriam tantas censuras e mal-estar. Nossa Senhora da Conceição que perdoe os artistas. Eles não sabem o que louvam.
PRIMEIRA PÁGINA
“CONSENSO” – Ninguém duvida que o atual presidente da Assembléia Legislativa do RN, Robinson Faria (PMN), consiga novo mandato nesse cargo ao biênio inicial da próxima legislatura, a partir de 2007. Há consenso em torno do seu nome. Mas é renhida a briga por espaços na chapa. Os cargos de vice-presidente e primeira secretaria são os mais disputados. Há forte inclinação para que Márcia Maia (PSB) seja o primeiro-vice. Para a primeira secretaria há duelo entre PMDB e PFL. O PMDB caminha para levar a melhor. Poti Júnior, Nélter Queiroz são os principais contendores.
DUAS FRENTES – O deputado estadual Luiz Almir (PSDB) está atacando em duas frentes na comunicação de massa. Diariamente pela manhã, na TV União (canal 22 em Natal e 40 em Mossoró, sistema Cabo) apresenta programa ao lado do jornalista Ailton Medeiros. Na TV Potengi, antigo palanque seu, a reestréia acontecerá na segunda, 11h30. Luiz é comunicador nato, com enorme capacidade de empatia com seu público, tendo sua origem no rádio. Daí foi um pulo para ser vereador e deputado.
FIM – O boom do setor imobiliário em Mossoró, com a prosperidade da chamada “verticalização”, está seriamente ameaçado. Começaram a “boiar” imóveis e a própria legislação montada pela prefeitura, em cima do Plano Diretor, é uma criminosa fórmula de apropriação do patrimônio privado, para beneficiamento dos seus “eleitos”. Ao ignorar a necessidade de participar da formulação do Plano Diretor, Câmara de Vereadores e setor da Construção Civil deram um cheque em branco aos inquilinos do poder. O futuro dirá o preço de tamanha irresponsabilidade. Depois retorno ao tema.
SAÚDE – A Indústria da Saúde em Natal também chama a atenção. A nossa linda capital tem 15 tomógrafos computadorizados, quando o comum é uma média de 2 por milhão de habitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde. Essa fartura, enquanto faltam gazes, macas e leitos nos hospitais públicos, é resultado de uma inaceitável manipulação da vida humana. A escumalha é usada por uma minoria insensível, que transforma o Walfredo Furgel, por exemplo, na reprodução de Aushewitz, nesse lado do Atlântico.
GERAIS
- A concessionária Renault em Mossoró, do Grupo Olinda, está com mais motivos para comemorar o ano de 2006. Avaliação da montadora francesa a apontou como a melhor entre as mais de 150 concessionárias do país. O item serviços foi o que deu essa graduação. Tenho veículo Renault, na condição de “meeiro” com um consórcio, atesto a qualidade da Olinda.
- No dia 9 de janeiro, Natal recebe no Machadinho, a voz inconfundível e idílica de Marisa Monte. Serei ‘obrigado’ a figurar na platéia, minha linda.
- Em janeiro/2007 devo estrear um novo blog. Endereço com outra configuração, lay-out moderno, espaço comercial e um leque ferramentas para informação plural e democrática, em tempo integral. Você não perde por esperar, webleitor.
- Obrigado à leitura deste Blog à colunista Karenine Fernandes, advogado Evânio Araújo e doutor Hipólito Monte (Fortaleza-CE)
SÓ PRA CONTRARIAR
A quem interessa a saúde pública funcionando plenamente?
Leio o ótimo jornalista Marcos Dantas (http://www.marcosdantas.zip.net/), sempre focado às coisas do Seridó, em todos os quadrantes da atividade humana, que em Jardim do Seridó uma banda musical causou constrangimento. Foi durante festa da padroeira. Sinceramente, não estranho o episódio narrado.
Mas o que termina servindo a mim, como objeto de análise, é o contra-senso dos que organizam um evento social, em meio à louvação religiosa, colocando como atração um grupo que exalta “puta, cachaça e cabaré”. Segundo relato de Marcos, dançarinas do grupo saracoteavam coreografias chulas, na música “Lapada na rachada”, enquanto o cantor principal passava o braço entre as pernas delas, como se houvesse simulação de um ato sexual. Com direito a empalmar a vulva (benza Deus!).
Na platéia, senhoras, adolescentes, pessoas idosas e os mais variados estamentos sociais do município, testemunhavam a tudo. A padroeira, a imaculada Nossa Senhora da Conceição, quase desaba do altar diante da bizarrice pagã.
Os artistas, uma gente em sua maioria de pouca instrução, apenas repetiam diante da multidão, o que fazem em clubes, vaquejadas e promoções popularescas Nordeste afora. Independentemente do que provocam, o fazem por terem o retorno de público. Na essência, é uma gente sofrida, mal-remunerada e por vezes humilhada, submetida a regime de trabalho quase escravo.
Os excessos são culpa, sobretudo, de quem organiza uma festa sócio-religiosa e acha interessante novidade musical que lote a praça, quando poderia se preocupar com enriquecimento cultural, respeito à fé. Lapada na rachada e outras músicas que cultuam modos lascivos, do masoquismo à orgia humana, retratam chagas de uma sociedade inculta e que continua sendo bombardeada por subprodutos do universo consumista.
Certamente se houvesse a contratação do Coral Canto do Povo de Natal, a Orquestra Sanfônica de Mossoró ou o Padre Zezinho, entre milhares de outras opções, não existiriam tantas censuras e mal-estar. Nossa Senhora da Conceição que perdoe os artistas. Eles não sabem o que louvam.
PRIMEIRA PÁGINA
“CONSENSO” – Ninguém duvida que o atual presidente da Assembléia Legislativa do RN, Robinson Faria (PMN), consiga novo mandato nesse cargo ao biênio inicial da próxima legislatura, a partir de 2007. Há consenso em torno do seu nome. Mas é renhida a briga por espaços na chapa. Os cargos de vice-presidente e primeira secretaria são os mais disputados. Há forte inclinação para que Márcia Maia (PSB) seja o primeiro-vice. Para a primeira secretaria há duelo entre PMDB e PFL. O PMDB caminha para levar a melhor. Poti Júnior, Nélter Queiroz são os principais contendores.
DUAS FRENTES – O deputado estadual Luiz Almir (PSDB) está atacando em duas frentes na comunicação de massa. Diariamente pela manhã, na TV União (canal 22 em Natal e 40 em Mossoró, sistema Cabo) apresenta programa ao lado do jornalista Ailton Medeiros. Na TV Potengi, antigo palanque seu, a reestréia acontecerá na segunda, 11h30. Luiz é comunicador nato, com enorme capacidade de empatia com seu público, tendo sua origem no rádio. Daí foi um pulo para ser vereador e deputado.
FIM – O boom do setor imobiliário em Mossoró, com a prosperidade da chamada “verticalização”, está seriamente ameaçado. Começaram a “boiar” imóveis e a própria legislação montada pela prefeitura, em cima do Plano Diretor, é uma criminosa fórmula de apropriação do patrimônio privado, para beneficiamento dos seus “eleitos”. Ao ignorar a necessidade de participar da formulação do Plano Diretor, Câmara de Vereadores e setor da Construção Civil deram um cheque em branco aos inquilinos do poder. O futuro dirá o preço de tamanha irresponsabilidade. Depois retorno ao tema.
SAÚDE – A Indústria da Saúde em Natal também chama a atenção. A nossa linda capital tem 15 tomógrafos computadorizados, quando o comum é uma média de 2 por milhão de habitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde. Essa fartura, enquanto faltam gazes, macas e leitos nos hospitais públicos, é resultado de uma inaceitável manipulação da vida humana. A escumalha é usada por uma minoria insensível, que transforma o Walfredo Furgel, por exemplo, na reprodução de Aushewitz, nesse lado do Atlântico.
GERAIS
- A concessionária Renault em Mossoró, do Grupo Olinda, está com mais motivos para comemorar o ano de 2006. Avaliação da montadora francesa a apontou como a melhor entre as mais de 150 concessionárias do país. O item serviços foi o que deu essa graduação. Tenho veículo Renault, na condição de “meeiro” com um consórcio, atesto a qualidade da Olinda.
- No dia 9 de janeiro, Natal recebe no Machadinho, a voz inconfundível e idílica de Marisa Monte. Serei ‘obrigado’ a figurar na platéia, minha linda.
- Em janeiro/2007 devo estrear um novo blog. Endereço com outra configuração, lay-out moderno, espaço comercial e um leque ferramentas para informação plural e democrática, em tempo integral. Você não perde por esperar, webleitor.
- Obrigado à leitura deste Blog à colunista Karenine Fernandes, advogado Evânio Araújo e doutor Hipólito Monte (Fortaleza-CE)
SÓ PRA CONTRARIAR
A quem interessa a saúde pública funcionando plenamente?
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