sexta-feira, fevereiro 02, 2007

COLUNA DO HERZOG (Primeira Edição)

No canto certo

Dados estatísticos mostram que de cada sete parlamentares da nova Câmara Federal, um responde (ou respondeu) a demanda criminal.

O Congresso Nacional na última legislatura teve um prontuário também considerável, com quase um terço de seus componentes denunciado. Foi época de “mensalão”, “caixa dois”, “sanguessugas” e outros subprodutos.

Para a atual legislatura, a expectativa é a mesma de sempre: melhoria na produção e nos hábitos. É o que todos proclamam.

Não guardo expectativa de melhora, visto que o germe da corrupção continua inoculado no Congresso Nacional, como uma epidemia nacional que atravessa decênios. A fórmula está errada. E a impunidade é o principal reagente usado para manter viva a química da delinqüência.

Há ambiente, métodos e gente inclinados à manutenção dessa ordem, onde o vale-tudo é a lei maior.

Princípios como o da “presunção de inocência”, “amplo direito à defesa” e “imunidade parlamentar”, que deveriam proteger arautos da sociedade, servem apenas à blindagem de uma horda de vigaristas. Esses tartufos engravatados continuarão pontificando em Brasília. Lá é realmente o canto deles.

PRIMEIRA PÁGINA

PIOR – A falta de sintonia da oposição ao governo Wilma de Faria (PSB), demonstrada na banal escolha de um cargo como de primeiro secretário da Assembléia Legislativa, é prenúncio do que vem por aí. PFL, PMDB e outras legendas oposicionistas devem encolher drasticamente. A oposição caiu como um patinho na cizânia “laboratorial” que a Governadoria alimentou. Teve deputado fazendo de conta que queria o cargo só para “rachar” a oposição. Todos os principais cargos na Casa estão com aliados de Wilma.

MANDO – A Prefeitura de Mossoró continua abusando do poder. Confunde-o com mando, numa visão autocrática comum àqueles que nunca o tiveram e passaram a se lambuzar. No bairro Nova Betânia, desde sexta-feira da semana passada que a municipalidade começou a construir um imóvel em terreno pertencente à Associação dos Moradores do IPE, sem qualquer autorização. Fica à Rua João Pedro da Costa. O pior, ao arrepio da lei (novamente), é que a obra não apresenta qualquer identificação quanto a valores, nome da construtora e prazo de entrega. O terreno foi doado há mais de 20 anos, quando o hoje reitor da Uern, Milton Marques, dirigia o IPE. Meu Deus! Onde esssa gente quer chegar com tanto desmando?

O PODER – Se alguém tem dúvidas da efemeridade do poder é só observar o caso do deputado estadual Álvaro Dias (PDT). Foi o todo-poderoso da Assembléia Legislativa durante longo tempo, saltou com facilidade para a Câmara Federal, onde não foi notado e agora volta ao parlamento estadual como mais um. Não tem sequer um cargo periférico na Mesa Diretora. Em suas “férias” em Brasília, Álvaro viu que espaços no Seridó tinham sido engolidos e se arranjou como deputado estadual. É a vida.

IMPERDÍVEL – A edição do Jornal Página Certa (http://www.jornalpaginacerta.com.br/) que circula a partir de amanhã, sábado, 3, promete ser ainda mais impactante. Com provas documentais irrefutáveis, o impresso revela que o nível de favorecimento familiar no âmbito do clã da prefeita Fafá Rosado (PFL) realmente não tem limites. O aproveitamento da situação de ‘estar no poder’ indica que os vícios no âmbito da administração pública chegam a todos os quadrantes, ultrajando o contribuinte. Aguarde.

GERAIS

- Pelo que já vi dos jogos do Estadual de Futebol 2007 até aqui, há um profundo nivelamento por baixo dos clubes. Se não ocorrerem alterações consideráveis, teremos como campeão o menos medíocre A ausência de talentos, como no ano passado, é mais do que visível.
- Lendo o material jornalístico ainda impreciso, sobre os “novos” autores da morte do servidor federal Augusto da Escóssia Neto, é fácil perceber que falta muita coisa ser esclarecida. O caso não me parece completamente elucidado ou as reportagens estão mal-produzidas. O quebra-cabeça não está completo.
- Obrigado à leitura deste Blog ao estudante Cadu Ciarlini, advogado Tomaz Neto e jornalista Jânio Rego.

SÓ PRA CONTRARIAR

Quando a Prefeitura de Mossoró vai promover concurso público para formar sua equipe na Procuradoria Municipal, conforme estabelece a lei?

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