O cientista político de Minas Gerais, José Murilo de Carvalho, chamou a atenção para a existência de dois níveis de avaliação política por parte do eleitorado brasileiro.
Ele deu uma entrevista a Gabriel Manzano Filho, publicada no "Estadão", jornal O Estado de São Paulo, onde esclarece esse seu ponto de vista, atribuindo a esses dois níveis de avaliação as denominações de "opinião pública" e de "opinião nacional ou popular".
"Quem forma a opinião pública?"
Ele mesmo responde:
"É a classe média, são, digamos, os 16% dos eleitores que têm pelo menos o segundo grau completo, isto é, 21 milhões de pessoas. São os leitores de jornais e revistas, os internautas, os cidadãos organizados".
"A opinião nacional, ou popular, é o resto, cerca de 104 milhões. A opinião nacional, ou popular, vive no mundo da necessidade. Ela pode até não gostar da corrupção, mas precisa antes de tudo garantir sua sobrevivência".
E destaca: "Ela votará, e muito racionalmente, em quem julga capaz de ajudá-la".
"Ela pode, sim – acrescenta - absolver o corrupto se este a convencer de que pode ajudá-la".
O professor assinala ainda: "O fato é que o bom funcionamento da democracia representativa exige a existência da liberdade material de escolha. Nesse sentido, e nesse sentido apenas, pode-se dizer que a democracia política é um luxo".
Ele deu uma entrevista a Gabriel Manzano Filho, publicada no "Estadão", jornal O Estado de São Paulo, onde esclarece esse seu ponto de vista, atribuindo a esses dois níveis de avaliação as denominações de "opinião pública" e de "opinião nacional ou popular".
"Quem forma a opinião pública?"
Ele mesmo responde:
"É a classe média, são, digamos, os 16% dos eleitores que têm pelo menos o segundo grau completo, isto é, 21 milhões de pessoas. São os leitores de jornais e revistas, os internautas, os cidadãos organizados".
"A opinião nacional, ou popular, é o resto, cerca de 104 milhões. A opinião nacional, ou popular, vive no mundo da necessidade. Ela pode até não gostar da corrupção, mas precisa antes de tudo garantir sua sobrevivência".
E destaca: "Ela votará, e muito racionalmente, em quem julga capaz de ajudá-la".
"Ela pode, sim – acrescenta - absolver o corrupto se este a convencer de que pode ajudá-la".
O professor assinala ainda: "O fato é que o bom funcionamento da democracia representativa exige a existência da liberdade material de escolha. Nesse sentido, e nesse sentido apenas, pode-se dizer que a democracia política é um luxo".
Do Blog de Paulo Tarcísio Cavalcanti
* Leia daqui a pouco a Segunda Edição da Coluna do Herzog de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário