Público e privado
Há poucos dias a imprensa noticiou que o senador e candidato a governador Garibaldi Filho (PMDB) ficou horrorizado, ao visitar compulsoriamente o Hospital Walfredo Gurgel em Natal. Ao seu lado, entre outros acompanhantes, a mulher Denise e a candidata ao Senado Rosalba Ciarlini (PFL).
Dependendo de onde partia o registro noticioso, ângulos distintos sobre o episódio foram focados. Mas a compreensão do caso não deve se prender a um suposto rasgo de solidariedade de Garibaldi ou constatação do caos no Walfredo.
Segundo os relatos, que pelo menos num ponto batiam, Garibaldi fora visitar uma senhora nonagenária, espécie de mãe adotiva de sua mulher Denise. Vendo-a jogada à própria sorte, ele a removeu para um hospital privado. É nesse ponto onde praticamente ninguém tocou.
Quem pode, não deixa ninguém de seu apreço entregue à assistência pública, sobretudo em se tratando de saúde e educação.
É impossível se localizar um político neste Estado que destine à escola pública e ao hospital estatal alguém de sua família. Com a atitude, mostram quanto acreditam naquilo que produzem pela incompetência e descaso. Ou seria mesmo má-fé?
Fica para a massa inculta e paupérrima a borra do “trabalho” político desses senhores e senhoras. Para quem pode, como eles, fica o melhor da iniciativa privada, resultado da ausência de ações públicas eficientes.
O Walfredo de hoje, na administração de Wilma de Faria (PSB), não é melhor nem pior do que aquele dos oito anos de governo Garibaldi Filho. O índice de fragilidade na educação do RN, que está na rabeira em termos de qualidade, numa avaliação nacional, é resultado de erros continuados e suprapartidários. Não melhoraram até agora e não o farão amanhã.
Há pelo menos dois anos não se fala noutra coisa no RN, no ambiente político, que não sejam chapas, alianças, quem apóia quem etc. As mazelas sociais servem à produção de retóricas. O estilingue à mão tem o mesmo efeito de um lado e do outro. O estrago maior depende do ponto onde esteja a “vidraça”.
Como jocosamente se fala na sabedoria inculta por aí, “quem pode, pode”. Eles estão podendo.
PRIMEIRA PÁGINA
FECHADO – Em reunião com militantes wilmistas e aliados mais próximos no sábado, 22, a ex-candidata a prefeito de Assu Fátima Moraes (PSB) afirmou que o grupo deveria votar fechado na chapa majoritária da “Vitória do Povo”: da governadora Wilma de Faria (PSB), passando pelo senador Fernando Bezerra (PTB), ao presidente Lula do Partido dos Trabalhadores (PT). Quanto a deputado federal e estadual, cada um faça sua escolha.
FALA, LAÍRE – Com seu nome passando a ser sistematicamente citado como um dos operadores do escândalo da “Máfia dos Sanguessugas”, o ex-deputado Laíre Rosado (PSB) resolve quebrar o silêncio lentamente. Já não era sem tempo. Como homem público e com história política significativa, precisa ser mais claro e contundente em resposta às acusações contra seu nome. Laíre só não pode afirmar que é vítima de adversários; as denúncias surgiram em Mato Grosso, a partir de apuração da Polícia Federal e Ministério Público Federal. Aguardemos os acontecimentos.
APOIOS – Dois ex-vereadores em Mossoró que hoje residem em Natal estão voltando à atividade política, como potentes cabos eleitorais. O comentarista esportivo e ex-lairista Lupércio Luiz está apoiando o médico Leonardo da Vinci Nogueira (PFL) a deputado estadual e o ex-diretor da Esam (hoje Ufersa) Pedro Fernandes (também ex-lairista) trabalha para seu colega carcinicultor Itamar Rocha (PMDB) a deputado federal. Era gente que antes estava com o grupo de Laíre e deputada Sanda Rosado (PSB).
TECNOLOGIA – A equipe do marqueteiro Renato Faleiros da empresa Remo, contratada em São Paulo a peso de ouro às campanhas de Garibaldi Filho (PMDB) e Rosalba Ciarlini (PSB), adota certa geringonça tecnológica para impressionar. Os candidatos majoritários andam com microfone embutidos em suas caminhadas, passando o áudio de suas conversas e discursos à coordenação de campanha. Um penduricalho que esses “gênios” vendem reproduzindo a idéia do espelho presenteado aos índios da Ilha de Vera Cruz no século XVI. Algo igualmente parvo, besta e caricato.
PROVA – A idiotia cara descrita acima, substitui o talento de maqueteiros locais que realmente conhecem a sociologia do lugar, mumunhas políticas e as peculiaridades de cada campanha. Em 2002, Alexandre Macedo e sua equipe, usando um espaço microscópico em rádio e TV, fizeram campanha vitoriosa de Wilma de Faria (PSB) ao governo. Práticos, inteligentes e eficazes. Os milhões dos adversários e os caríssimos marqueteiros importados, atuando em campo de golfe, não resistiram ao valor dos nativos do marketing, que deram dribles secos em espaço de quadra de futsal.
DESTINO - Tem jeito não! É só aparecer dinheiro de montão – ninguém sabe de onde – e a prata da casa é enjeitada, desprezada, desdenhada, diminuída. Bem feito! Inclusive, para quem não se dá ao respeito e valoriza o próprio trabalho, às vezes se transformando em segura-bolsa de alguns políticos cretinos, como vários exemplares que possuímos no Rio Grande do Norte. Um dia, essa terra ainda vai cumprir seu ideal, deixando de ser uma eterna repetidora de macaquices de além-fronteiras.
GERAIS
- Quase passou despercebida em Mossoró a morte do patriarca Genésio, que deu nome à “Barragem do Saco”, ou seja, a “Barragem de Genésio”. É um nome repleto de histórias e lendas. A imprensa escrita e TV precisam produzir algo a respeito, de modo documental. Tinha 95 anos. Alô, TCM, TV Mossoró...
- Chega a informação de fonte de respeito, indicando que o advogado Ricardo Sobral, que há cerca de quatro meses estava presidindo a Datanorte, está saindo dessa autarquia estadual.
- Segundo o jornalista-radialista Givanildo Silva da RPC-Mossoró, a opinião pública precisa ficar atenta aos colunistas políticos nesses tempos de campanha. “A maioria, não todos, só faz plantar notícias de assessorias”.
- É hoje às 17h, na Igreja de São João Batista, em Mossoró, a missa de 1º aniversário de morte do senhor Teobaldo Santos, patriarca de prole numerosa, que entre seus membros tem o publicitário Phabiano Santos.
- Obrigado à professora Isaura Amélia Rosado (presidente da Fundação José Augusto), doutor Genivan Vale (Cacim), jornalista Márcio Morais (Apodi), Alberto Borges (Amsterdam-Holanda) e Édson Barbosa (Marca Produções) de Baraúna pela leitura deste Blog.
SÓ PRA CONTRARIAR
Há poucos dias a imprensa noticiou que o senador e candidato a governador Garibaldi Filho (PMDB) ficou horrorizado, ao visitar compulsoriamente o Hospital Walfredo Gurgel em Natal. Ao seu lado, entre outros acompanhantes, a mulher Denise e a candidata ao Senado Rosalba Ciarlini (PFL).
Dependendo de onde partia o registro noticioso, ângulos distintos sobre o episódio foram focados. Mas a compreensão do caso não deve se prender a um suposto rasgo de solidariedade de Garibaldi ou constatação do caos no Walfredo.
Segundo os relatos, que pelo menos num ponto batiam, Garibaldi fora visitar uma senhora nonagenária, espécie de mãe adotiva de sua mulher Denise. Vendo-a jogada à própria sorte, ele a removeu para um hospital privado. É nesse ponto onde praticamente ninguém tocou.
Quem pode, não deixa ninguém de seu apreço entregue à assistência pública, sobretudo em se tratando de saúde e educação.
É impossível se localizar um político neste Estado que destine à escola pública e ao hospital estatal alguém de sua família. Com a atitude, mostram quanto acreditam naquilo que produzem pela incompetência e descaso. Ou seria mesmo má-fé?
Fica para a massa inculta e paupérrima a borra do “trabalho” político desses senhores e senhoras. Para quem pode, como eles, fica o melhor da iniciativa privada, resultado da ausência de ações públicas eficientes.
O Walfredo de hoje, na administração de Wilma de Faria (PSB), não é melhor nem pior do que aquele dos oito anos de governo Garibaldi Filho. O índice de fragilidade na educação do RN, que está na rabeira em termos de qualidade, numa avaliação nacional, é resultado de erros continuados e suprapartidários. Não melhoraram até agora e não o farão amanhã.
Há pelo menos dois anos não se fala noutra coisa no RN, no ambiente político, que não sejam chapas, alianças, quem apóia quem etc. As mazelas sociais servem à produção de retóricas. O estilingue à mão tem o mesmo efeito de um lado e do outro. O estrago maior depende do ponto onde esteja a “vidraça”.
Como jocosamente se fala na sabedoria inculta por aí, “quem pode, pode”. Eles estão podendo.
PRIMEIRA PÁGINA
FECHADO – Em reunião com militantes wilmistas e aliados mais próximos no sábado, 22, a ex-candidata a prefeito de Assu Fátima Moraes (PSB) afirmou que o grupo deveria votar fechado na chapa majoritária da “Vitória do Povo”: da governadora Wilma de Faria (PSB), passando pelo senador Fernando Bezerra (PTB), ao presidente Lula do Partido dos Trabalhadores (PT). Quanto a deputado federal e estadual, cada um faça sua escolha.
FALA, LAÍRE – Com seu nome passando a ser sistematicamente citado como um dos operadores do escândalo da “Máfia dos Sanguessugas”, o ex-deputado Laíre Rosado (PSB) resolve quebrar o silêncio lentamente. Já não era sem tempo. Como homem público e com história política significativa, precisa ser mais claro e contundente em resposta às acusações contra seu nome. Laíre só não pode afirmar que é vítima de adversários; as denúncias surgiram em Mato Grosso, a partir de apuração da Polícia Federal e Ministério Público Federal. Aguardemos os acontecimentos.
APOIOS – Dois ex-vereadores em Mossoró que hoje residem em Natal estão voltando à atividade política, como potentes cabos eleitorais. O comentarista esportivo e ex-lairista Lupércio Luiz está apoiando o médico Leonardo da Vinci Nogueira (PFL) a deputado estadual e o ex-diretor da Esam (hoje Ufersa) Pedro Fernandes (também ex-lairista) trabalha para seu colega carcinicultor Itamar Rocha (PMDB) a deputado federal. Era gente que antes estava com o grupo de Laíre e deputada Sanda Rosado (PSB).
TECNOLOGIA – A equipe do marqueteiro Renato Faleiros da empresa Remo, contratada em São Paulo a peso de ouro às campanhas de Garibaldi Filho (PMDB) e Rosalba Ciarlini (PSB), adota certa geringonça tecnológica para impressionar. Os candidatos majoritários andam com microfone embutidos em suas caminhadas, passando o áudio de suas conversas e discursos à coordenação de campanha. Um penduricalho que esses “gênios” vendem reproduzindo a idéia do espelho presenteado aos índios da Ilha de Vera Cruz no século XVI. Algo igualmente parvo, besta e caricato.
PROVA – A idiotia cara descrita acima, substitui o talento de maqueteiros locais que realmente conhecem a sociologia do lugar, mumunhas políticas e as peculiaridades de cada campanha. Em 2002, Alexandre Macedo e sua equipe, usando um espaço microscópico em rádio e TV, fizeram campanha vitoriosa de Wilma de Faria (PSB) ao governo. Práticos, inteligentes e eficazes. Os milhões dos adversários e os caríssimos marqueteiros importados, atuando em campo de golfe, não resistiram ao valor dos nativos do marketing, que deram dribles secos em espaço de quadra de futsal.
DESTINO - Tem jeito não! É só aparecer dinheiro de montão – ninguém sabe de onde – e a prata da casa é enjeitada, desprezada, desdenhada, diminuída. Bem feito! Inclusive, para quem não se dá ao respeito e valoriza o próprio trabalho, às vezes se transformando em segura-bolsa de alguns políticos cretinos, como vários exemplares que possuímos no Rio Grande do Norte. Um dia, essa terra ainda vai cumprir seu ideal, deixando de ser uma eterna repetidora de macaquices de além-fronteiras.
GERAIS
- Quase passou despercebida em Mossoró a morte do patriarca Genésio, que deu nome à “Barragem do Saco”, ou seja, a “Barragem de Genésio”. É um nome repleto de histórias e lendas. A imprensa escrita e TV precisam produzir algo a respeito, de modo documental. Tinha 95 anos. Alô, TCM, TV Mossoró...
- Chega a informação de fonte de respeito, indicando que o advogado Ricardo Sobral, que há cerca de quatro meses estava presidindo a Datanorte, está saindo dessa autarquia estadual.
- Segundo o jornalista-radialista Givanildo Silva da RPC-Mossoró, a opinião pública precisa ficar atenta aos colunistas políticos nesses tempos de campanha. “A maioria, não todos, só faz plantar notícias de assessorias”.
- É hoje às 17h, na Igreja de São João Batista, em Mossoró, a missa de 1º aniversário de morte do senhor Teobaldo Santos, patriarca de prole numerosa, que entre seus membros tem o publicitário Phabiano Santos.
- Obrigado à professora Isaura Amélia Rosado (presidente da Fundação José Augusto), doutor Genivan Vale (Cacim), jornalista Márcio Morais (Apodi), Alberto Borges (Amsterdam-Holanda) e Édson Barbosa (Marca Produções) de Baraúna pela leitura deste Blog.
SÓ PRA CONTRARIAR
A mesma notícia política pode ser vista de pelo menos dois ângulos, não deixando dúvidas quanto ao lado em que cada formador de opinião está. Adesão para uns é “traição”, e outros a vêem como “apoio”.
Um comentário:
Meu Caro Carlos Santos, os escritores de Mossoró, precisam pesquisarem as ricas histórias e lendas produzidas por Genézio. Como faz falta o saudoso Vingt Rosado.
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