O sorriso da primeira hora no fechamento da aliança PMDB/PFL e definição da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PFL), como candidata ao Senado, está se volatizando. Entre lideranças do chamado sistema "rosalbista" vem se formando uma certa apreensão com o início da campanha eleitoral. Os rumos da intenção de votos não agradam até aqui.
Líder do rosalbismo e seu mentor, o ex-deputado pefelista Carlos Augusto (foto) - marido de Rosalba, apostou todas as fichas e empenho para associar o pefelismo ao PMDB do senador e candidato a governador Garibaldi Alves Filho (PMDB). Dessa combustão popular e populista, a crença era de que a ex-prefeita fosse içada supersonicamente ao topo da disputa ao Senado. Isso não está ocorrendo, além de existirem outros problemas mais abaixo.
Carlos não contava com a rebelião do ex-senador Geraldo Melo (PSDB), que cuspido da chapa ao Senado, resolveu marchar em faixa própria. A presença de Geraldo na corrida senatória afeta diretamente Rosalba, a empurrando para o terceiro lugar na atual fase da campanha. A expectativa era de que, isolado, Geraldo topasse ser candidato a deputado federal.
Para complementar o cenário de dificuldades - que Carlos Augusto deixa transparecer nos últimos dias, em contatos com pessoas próximas, a sua cunhada Ruth Ciarlini (PFL) convive com sérios embaraços eleitorais. Se não ocorrer uma reviravolta, não aparecerá sequer numa suplência honrosa à Assembléia Legislativa, no terceiro mandato.
Com o deputado federal Betinho Rosado (PFL), irmão de Carlos, concorrente ao quarto mandato consecutivo à chamada Baixa Câmara, o quadro é menos crítico em relação às urnas. Contudo, não é empolgante para começo de campanha. O que ajuda é o fato de ter sido montado um verdadeiro "chapão" envolvendo as principais forças políticas do RN, com brecha escassa para novidades e surpresas.
Quem se sobressai na fase preliminar de campanha, é o médico Leonardo da Vinci Nogueira (PFL), marido da prefeita Fafá Rosado (PFL). Ele aparece como nome crescente à disputa à Assembléia Legislativa e integra o rosalbismo. Mas um pequeno detalhe para se analisar o quadro em questão precisa ser anotado: Leonardo cresce justamente no ambiente político-eleitoral que originalmente é o celeiro de votos de Ruth: Mossoró.
A eleição de Leonardo, aliado de Carlos e Rosalba, se não for complementada por êxito eleitoral de Rosalba, Betinho e Ruth, pode ter uma leitura dramática adiante. De líderes, Carlos e Rosalba passariam a liderados do "primeiro-casal" mossoroense, a prefeita Fafá Rosado e Leonardo.
Está cedo para se falar premonitoriamente em vencidos e vencedores, mas sem dúvidas que o sinal de alerta está aceso no Sítio Canto, residência mossoroense do casal Carlos-Rosalba.
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