Par constante
Meia-noite regresso. A casa dorme.
Abro a porta da frente e acendo a luz.
Na parede encardida, quase informe,
o Amor confinado em sua cruz.
Corre pelo telhado um rato enorme!
- Chão de estrelas e céu de gabirus –
E esta cena a minh’alma ainda absorve
sob os olhos sem brilho de Jesus.
Lá no quarto, estirada sobre o leito,
já me espera a inimiga do meu sono,
a gabar-se do mal que me tem feito.
Eis a infinda rotina e o sonho vão
de ser livre e feliz neste abandono,
entre os cravos e a cruz da solidão.
* Marcos Ferreira de Sousa é poeta, contista e cronista nascido em Mossoró
Meia-noite regresso. A casa dorme.
Abro a porta da frente e acendo a luz.
Na parede encardida, quase informe,
o Amor confinado em sua cruz.
Corre pelo telhado um rato enorme!
- Chão de estrelas e céu de gabirus –
E esta cena a minh’alma ainda absorve
sob os olhos sem brilho de Jesus.
Lá no quarto, estirada sobre o leito,
já me espera a inimiga do meu sono,
a gabar-se do mal que me tem feito.
Eis a infinda rotina e o sonho vão
de ser livre e feliz neste abandono,
entre os cravos e a cruz da solidão.
* Marcos Ferreira de Sousa é poeta, contista e cronista nascido em Mossoró
Um comentário:
Amigo, o soneto de nosso Marcos Ferreira "Par Constante" é muito bom.
Sua resenha do livro da cangaceiróloga francesa, também. Mas acho a
hipótese dela é tautológica. Considero que a hipótese dela é que a
mídia construiu a "estética do cangaço". E quem haveria de construir?
Joãozinho Trinta?
Postar um comentário