Submundo necessário
Em alguns momentos, a impressão que tenho é de existência de um pacto, tácito, envolvendo as principais candidaturas ao governo e Senado do RN.
Nos programas de rádio e TV é fácil observar que todos dão rodeios, pegam atalhos, abusam das promessas e dos efeitos pirotécnicos, mas não vão ao cerne de nada.
Em se tratando de biografia, é difícil apontar um dos nossos personagens que possa estar imune a denúncias. Contudo, a campanha é tocada como se vivêssemos num paraíso de civilidade e bons costumes políticos.
O enfrentamento radical, que muitos vêem como baixaria, deve ser evitado no tocante às leviandades. Entretanto, a verdade é fundamental em qualquer ambiente humano.
A minha expectativa é de que o aperto da disputa oportunize, ao RN, conhecer uma parte da biografia – ou seria prontuário – dos políticos disponíveis.
Focalizar o submundo político não se trata de desvio do debate. Faz-se necessário. Mais nauseante é a hipocrisia da perfeição, que não resiste a um debate sério.
PRIMEIRA PÁGINA
BATENDO PONTO – A organização de campanha do médico Leonardo da Vinci (PFL), marido da prefeita Fafá Rosado (PFL), precisa moderar no arbítrio. Detentores de cargos comissionados e outros funcionários da Prefeitura de Mossoró respondem à chamada para reuniões e eventos do candidato. Primeiro de tudo, o absurdo é o uso do servidor público em atividade político-partidária. Segundo, a exigência abjeta de “ponto”. No dia do voto, sem alguém para vigiar o eleitor, é possível que o grande “Léo” termine recebendo menos do que imagina, em termos de votos.
BRAÇOS CRUZADOS – Líderes das principais coligações envolvidas na disputa eleitoral do RN estão encurralados. Em função do nível de indefinição da disputa, várias lideranças interioranas estão indóceis. Só saem de casa, para efetivamente trabalhar por algum candidato, com o bolso irrigado. É uma canalhice sempre feita “em nome do povo”, mas que os próprios caciques produziram. Ajoelhou, tem que pagar. Bem feito. Triste é que lá adiante a gente – que não tem nada com isso - pague a conta.
SUJEIRA – A prefeita Fafá Rosado duela em duas frentes judiciais, para tentar barrar investigações contra os maus hábitos de seu governo nada transparente. Utiliza instrumento jurídico para impedir divulgação da folha de pessoal, investigada pelo Ministério Público. Por acaso, o promotor Alexandre Frazão, que fuçava o problema, foi removido para Apodi. Outro problema, é quanto ao Mossoró Cidade Junina, que apurações caminham para outro escândalo, com desvio de recursos e outras patifarias. O processo no Tribunal de Justiça do RN tem o seguinte número: 2006.005162-7. Se quiser saber mais detalhes, acesse este endereço: www.tjrn.gov.br.
RUIM – Acompanhando a “Vontade Popular” desmoronar em queixas ao seu marketing, volto a tocar num assunto que na campanha de 2002 era objeto de comentários meus, no Jornal de Fato. À ocasião, dizia, que o político potiguar quando estava liso procurava marqueteiro nativo. Quando melhorava de capital, importava “gênios”. Outra vez a campanha revela brilho da prata da casa. O programa de Garibaldi Filho (PMDB) e Rosalba Ciarlini (PFL) é plasticamente perfeito. Mas não funciona porque não possui o tempero do conhecimento localista, a visão quanto às peculiaridades do lugar e a sociologia política da terra.
DE BEM – O melhor programa é o da “Vitória do Povo”. E, dentro dele, insuperável o que se faz para Fernando Bezerra (PTB). Trata-se de uma equipe comandada por Alexandre Macedo. Em 2002, com espaço microscópico em rádio e TV, Alexandre e seu grupo ajudaram a catapultar Wilma de Faria (PSB) ao governo. Adversário de WIlma em 2002, Fernando Bezerra saiu derrotado da campanha e chateado com Alexandre. Analisou que o uso de determinadas imagens suas, pelo marqueteiro, não teriam sido éticas. Hoje estão numa boa.
TERMÔMETRO – A Vontade Popular faz comício hoje em Areia Branca. Terra de política radical, com plena separação entre “barurau” e “bicudo”, a junção de Garibaldi Alves e José Agripino (PFL) é tão aceita quanto a fusão de Vasco e Flamengo. Daqui a dois anos as eleições municipais deixaram isso ainda mais claro.
GERAIS
- A grupo da FM 98 prepara a estréia de outra emissora de FM em Natal. O novo prefixo entrará numa faixa mais nobre, dirigindo conteúdo às classes A e B.
- Em função do trajeto rodoviário entre Natal-Mossoró que devo cumprir à tarde, talvez fique impossível postar a segunda edição desta coluna em tempo hábil, hoje. Mas vou me esforçar para não faltar ao compromisso, webleitor.
- Jardim do Seridó ganhará na próxima sexta-feira sua Casa de Cultura, obra do governo estadual. O investimento é superior aos 186 mil reais.
- Obrigado ao jornalista Givanildo Silva (RPC), economiário Gomes Sobrinho e empresário Lauro Felipe (Visão Vídeo).
SÓ PRA CONTRARIAR
Nos Estados Unidos, o presidente Richard Nixon caiu porque auxiliares seus faziam escutas telefônicas e no Brasil, nem com dólar em cueca ou milhão para dossiês a República se toca.
Em alguns momentos, a impressão que tenho é de existência de um pacto, tácito, envolvendo as principais candidaturas ao governo e Senado do RN.
Nos programas de rádio e TV é fácil observar que todos dão rodeios, pegam atalhos, abusam das promessas e dos efeitos pirotécnicos, mas não vão ao cerne de nada.
Em se tratando de biografia, é difícil apontar um dos nossos personagens que possa estar imune a denúncias. Contudo, a campanha é tocada como se vivêssemos num paraíso de civilidade e bons costumes políticos.
O enfrentamento radical, que muitos vêem como baixaria, deve ser evitado no tocante às leviandades. Entretanto, a verdade é fundamental em qualquer ambiente humano.
A minha expectativa é de que o aperto da disputa oportunize, ao RN, conhecer uma parte da biografia – ou seria prontuário – dos políticos disponíveis.
Focalizar o submundo político não se trata de desvio do debate. Faz-se necessário. Mais nauseante é a hipocrisia da perfeição, que não resiste a um debate sério.
PRIMEIRA PÁGINA
BATENDO PONTO – A organização de campanha do médico Leonardo da Vinci (PFL), marido da prefeita Fafá Rosado (PFL), precisa moderar no arbítrio. Detentores de cargos comissionados e outros funcionários da Prefeitura de Mossoró respondem à chamada para reuniões e eventos do candidato. Primeiro de tudo, o absurdo é o uso do servidor público em atividade político-partidária. Segundo, a exigência abjeta de “ponto”. No dia do voto, sem alguém para vigiar o eleitor, é possível que o grande “Léo” termine recebendo menos do que imagina, em termos de votos.
BRAÇOS CRUZADOS – Líderes das principais coligações envolvidas na disputa eleitoral do RN estão encurralados. Em função do nível de indefinição da disputa, várias lideranças interioranas estão indóceis. Só saem de casa, para efetivamente trabalhar por algum candidato, com o bolso irrigado. É uma canalhice sempre feita “em nome do povo”, mas que os próprios caciques produziram. Ajoelhou, tem que pagar. Bem feito. Triste é que lá adiante a gente – que não tem nada com isso - pague a conta.
SUJEIRA – A prefeita Fafá Rosado duela em duas frentes judiciais, para tentar barrar investigações contra os maus hábitos de seu governo nada transparente. Utiliza instrumento jurídico para impedir divulgação da folha de pessoal, investigada pelo Ministério Público. Por acaso, o promotor Alexandre Frazão, que fuçava o problema, foi removido para Apodi. Outro problema, é quanto ao Mossoró Cidade Junina, que apurações caminham para outro escândalo, com desvio de recursos e outras patifarias. O processo no Tribunal de Justiça do RN tem o seguinte número: 2006.005162-7. Se quiser saber mais detalhes, acesse este endereço: www.tjrn.gov.br.
RUIM – Acompanhando a “Vontade Popular” desmoronar em queixas ao seu marketing, volto a tocar num assunto que na campanha de 2002 era objeto de comentários meus, no Jornal de Fato. À ocasião, dizia, que o político potiguar quando estava liso procurava marqueteiro nativo. Quando melhorava de capital, importava “gênios”. Outra vez a campanha revela brilho da prata da casa. O programa de Garibaldi Filho (PMDB) e Rosalba Ciarlini (PFL) é plasticamente perfeito. Mas não funciona porque não possui o tempero do conhecimento localista, a visão quanto às peculiaridades do lugar e a sociologia política da terra.
DE BEM – O melhor programa é o da “Vitória do Povo”. E, dentro dele, insuperável o que se faz para Fernando Bezerra (PTB). Trata-se de uma equipe comandada por Alexandre Macedo. Em 2002, com espaço microscópico em rádio e TV, Alexandre e seu grupo ajudaram a catapultar Wilma de Faria (PSB) ao governo. Adversário de WIlma em 2002, Fernando Bezerra saiu derrotado da campanha e chateado com Alexandre. Analisou que o uso de determinadas imagens suas, pelo marqueteiro, não teriam sido éticas. Hoje estão numa boa.
TERMÔMETRO – A Vontade Popular faz comício hoje em Areia Branca. Terra de política radical, com plena separação entre “barurau” e “bicudo”, a junção de Garibaldi Alves e José Agripino (PFL) é tão aceita quanto a fusão de Vasco e Flamengo. Daqui a dois anos as eleições municipais deixaram isso ainda mais claro.
GERAIS
- A grupo da FM 98 prepara a estréia de outra emissora de FM em Natal. O novo prefixo entrará numa faixa mais nobre, dirigindo conteúdo às classes A e B.
- Em função do trajeto rodoviário entre Natal-Mossoró que devo cumprir à tarde, talvez fique impossível postar a segunda edição desta coluna em tempo hábil, hoje. Mas vou me esforçar para não faltar ao compromisso, webleitor.
- Jardim do Seridó ganhará na próxima sexta-feira sua Casa de Cultura, obra do governo estadual. O investimento é superior aos 186 mil reais.
- Obrigado ao jornalista Givanildo Silva (RPC), economiário Gomes Sobrinho e empresário Lauro Felipe (Visão Vídeo).
SÓ PRA CONTRARIAR
Nos Estados Unidos, o presidente Richard Nixon caiu porque auxiliares seus faziam escutas telefônicas e no Brasil, nem com dólar em cueca ou milhão para dossiês a República se toca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário