sexta-feira, janeiro 05, 2007

'Apartheid' no Hospital Regional Tarcísio Maia

Médico critica duramente portaria que separa suposta elite do que seria a 'ralé'

Abordado há dois dias por este Blog, o caso abjeto de apartheid funcional no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) recebe o repúdio de vários segmentos.

No HRTM, o refeitório só pode ser ocupado em separado por doutores, ficando o restante dos servidores, vistos como ralé, em horários diferentes. É o que determina uma portaria interna (foto).

O médico Joel Borba, por exemplo, opina sobre o assunto. Veja abaixo uma síntese de sua correspondência a este Blog:

“Enquanto em todo o mundo lutamos para que as equipes de saúde se aproximem mais e se tornem multi e interdisciplinares, com vários objetivos, e todos em benefício dos pacientes e da própria equipe, uma medida dessa natureza vai na contramão da história. No mínimo um erro crasso.

Alguns médicos - não todos - ainda estão pensando que são deuses. Os outros têm certeza.

Eu não sou daqueles que acham que as pessoas são todas iguais. Existem bandidos, ladrões etc. Ainda existem pessoas que fazem com que o mundo valha a pena.

Um médico, um advogado, comerciante, carroceiro etc, só pode ser melhor que alguém se for, no mínimo, dotado da Ética ( senso lato) e não só como profissional.

Mantenha o seu trabalho. Imagino como você pena para mantê-lo numa cidade como a que vivemos.

Obrigado pela atenção. Joel Borba.

2 comentários:

Anônimo disse...

Coerentes as palavras do Dr. Joel; absurdo um aparthaid nos dias de hoje.

Anônimo disse...

Os médicos que tomaram essa medida, pelo que conheco e soube de uma funcionáia amiga, sao aét de familia humilde. esquecem do passado e acham que sao Deus. Dá pena tamana pobresa dessa turma.

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