Ele fala sobre discurso de Rosalba Ciarlini e cita caso suspeito
O ex-secretário estadual da Agricultura Laíre Rosado (PSB), envolvido no escândalo denominado de “Máfia dos Sanguessugas”, resolveu quebrar o silêncio. Ontem no programa “O Observador Político” na FM 93 de propriedade do seu grupo e hoje na página 2 de “O mossoroense”, jornal do mesmo sistema, ele desabafou contra-atacando.
Laíre faz um mergulho em seu passado recente e particular, para depois emergir com clara disposição para o debate público, o questionamento. Já não era sem tempo.
Veja abaixo a íntegra do seu artigo, intitulado “Indignação”:
“Tenho me questionado, desde algum tempo, o motivo de não reagir às agressões, de não ter ressentimento, de achar que tudo que acontece faz parte da vida de cada um. Pensava que a vida era assim mesmo, cada qual na sua. Esse sentimento aumentou depois da morte do meu filho, Vingt Rosado Neto. Queria viver minha dor, sem a intromissão de quem quer que fosse, incluindo, até mesmo, meus amigos mais íntimos. Considerava a dor como coisa muito pessoal.
Quem perde um filho vive um inferno pior que o descrito nos 4.720 versos de Dante, na Divina Comédia. Perde-se a vontade de viver. A desorientação é total. Esse tem sido meu inferno particular desde 19 de julho de 2001. Desse dia em diante minha vida mudou, perdeu o sentido. Fiquei anestesiado. Nada mais me dava prazer ou preocupação. Quando a imprensa, no mês de maio, envolveu meu nome em problemas de fraudes em licitações e superfaturamento de ambulâncias, pouco me incomodou. Com a consciência tranqüila, considerei que, em pouco tempo, tudo estaria esclarecido. Infelizmente, não foi isso o que aconteceu.
Continuei sem dar muita importância aos fatos, achando que logo tudo seria esclarecido. De repente, não mais que de repente, um fato novo aconteceu. E quero agradecer à ex-prefeita Rosalba Ciarlini por essa ocorrência. Indignei-me. Meu ego reagiu. Meu Deus, depois de tanto tempo reagir ao que antes deixava de lado. É um fato altamente positivo. Agradeço a Rosalba essa conquista. Meus sentimentos voltaram a aflorar, a ser iguais aos das pessoas normais.
Rosalba é candidata ao Senado, acredito que todos saibam. Sábado, em pronunciamento de campanha, disse que do seu lado não haviam sanguessugas. Ingratidão ou imprudência? Esse termo vem sendo atribuído a parlamentares que tiveram suas emendas para a Saúde fraudadas ou superfaturadas. Ora, Rosalba prefeita recebeu emenda de R$ 800 mil para aquisição de ambulâncias. O autor das emendas foi o deputado Múcio Sá que, também, está sendo injustamente envolvido. Com todo esse dinheiro, comprou carros e contratou outra empresa para transformá-los em ambulância.
Chamar Rosalba de sanguessuga é colocar os carros na frente dos bois. A única explicação que ela deve é localizar essas ambulâncias, pois, segundo informações, três delas estão desaparecidas. Dizer que as ambulâncias estão superfaturadas também é precipitação. É preciso saber como elas estão aparelhadas. Bem, tem outra coisa que precisa ser esclarecida. O deputado Betinho Rosado, quando secretário do Desenvolvimento Econômico, recebeu, em audiência, Darci Vedoin e Luís Antonio Vedoin, considerados os chefes da Operação Sanguessuga. Mas, como secretário de Estado seria difícil não recebê-los. Entretanto, quero somente dizer que, finalmente, consegui ficar indignado com alguma coisa. E que voltarei ao assunto.
Leia daqui a pouco a Coluna do Herzog, Primeira Edição.
O ex-secretário estadual da Agricultura Laíre Rosado (PSB), envolvido no escândalo denominado de “Máfia dos Sanguessugas”, resolveu quebrar o silêncio. Ontem no programa “O Observador Político” na FM 93 de propriedade do seu grupo e hoje na página 2 de “O mossoroense”, jornal do mesmo sistema, ele desabafou contra-atacando.
Laíre faz um mergulho em seu passado recente e particular, para depois emergir com clara disposição para o debate público, o questionamento. Já não era sem tempo.
Veja abaixo a íntegra do seu artigo, intitulado “Indignação”:
“Tenho me questionado, desde algum tempo, o motivo de não reagir às agressões, de não ter ressentimento, de achar que tudo que acontece faz parte da vida de cada um. Pensava que a vida era assim mesmo, cada qual na sua. Esse sentimento aumentou depois da morte do meu filho, Vingt Rosado Neto. Queria viver minha dor, sem a intromissão de quem quer que fosse, incluindo, até mesmo, meus amigos mais íntimos. Considerava a dor como coisa muito pessoal.
Quem perde um filho vive um inferno pior que o descrito nos 4.720 versos de Dante, na Divina Comédia. Perde-se a vontade de viver. A desorientação é total. Esse tem sido meu inferno particular desde 19 de julho de 2001. Desse dia em diante minha vida mudou, perdeu o sentido. Fiquei anestesiado. Nada mais me dava prazer ou preocupação. Quando a imprensa, no mês de maio, envolveu meu nome em problemas de fraudes em licitações e superfaturamento de ambulâncias, pouco me incomodou. Com a consciência tranqüila, considerei que, em pouco tempo, tudo estaria esclarecido. Infelizmente, não foi isso o que aconteceu.
Continuei sem dar muita importância aos fatos, achando que logo tudo seria esclarecido. De repente, não mais que de repente, um fato novo aconteceu. E quero agradecer à ex-prefeita Rosalba Ciarlini por essa ocorrência. Indignei-me. Meu ego reagiu. Meu Deus, depois de tanto tempo reagir ao que antes deixava de lado. É um fato altamente positivo. Agradeço a Rosalba essa conquista. Meus sentimentos voltaram a aflorar, a ser iguais aos das pessoas normais.
Rosalba é candidata ao Senado, acredito que todos saibam. Sábado, em pronunciamento de campanha, disse que do seu lado não haviam sanguessugas. Ingratidão ou imprudência? Esse termo vem sendo atribuído a parlamentares que tiveram suas emendas para a Saúde fraudadas ou superfaturadas. Ora, Rosalba prefeita recebeu emenda de R$ 800 mil para aquisição de ambulâncias. O autor das emendas foi o deputado Múcio Sá que, também, está sendo injustamente envolvido. Com todo esse dinheiro, comprou carros e contratou outra empresa para transformá-los em ambulância.
Chamar Rosalba de sanguessuga é colocar os carros na frente dos bois. A única explicação que ela deve é localizar essas ambulâncias, pois, segundo informações, três delas estão desaparecidas. Dizer que as ambulâncias estão superfaturadas também é precipitação. É preciso saber como elas estão aparelhadas. Bem, tem outra coisa que precisa ser esclarecida. O deputado Betinho Rosado, quando secretário do Desenvolvimento Econômico, recebeu, em audiência, Darci Vedoin e Luís Antonio Vedoin, considerados os chefes da Operação Sanguessuga. Mas, como secretário de Estado seria difícil não recebê-los. Entretanto, quero somente dizer que, finalmente, consegui ficar indignado com alguma coisa. E que voltarei ao assunto.
Leia daqui a pouco a Coluna do Herzog, Primeira Edição.
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