Socorro! Os “indecisos” sumiram! Chama Ronaldinho!
Não discuto se o candidato “Y” deveria ter mais votos e o “X” era para estar mais embaixo. Não costumo maquinar se existem engenhosidades por trás das pesquisas. Mexendo com números e a sociologia política há quase duas décadas, enveredo para o campo da interpretação dos quadros “fotografados”. A tradução disso passo aos meus leitor/ouvinte/webleitor e telespectadores.
No caso específico da pesquisa Ibope divulgada na quarta, 23, pela InterTV Cabugi, dá para se surpreender e muito.
Não são as posições dos principais concorrentes ao governo e ao Senado que me atordoam. É particularmente estranho o percentual de indecisos nos dois casos. Para governador são ínfimos 3% e ao Senado até que surge uma “engorda” de 9%.
Se Garibaldi Filho (PMDB) está mais em cima, Wilma de Faria (PSB) aparece muito abaixo etc, não me interessa analisar agora. Estou me lixando para situação de cada um na corrida para o voto. No dia das eleições voto no menos ruim, e pronto. Não trabalho para qualquer dos lados em relevo, até porque é hábito por essas plagas se pagar mal e em certos casos nem isso. Quem recebe “soldo” para fazer de conta que assessora, empilhado em órgãos de imprensa do Estado, é que se imagina valorizado com o michê no bolso. Se receber, lógico. Mas deixa isso para lá. São digressões.
À madrugada, dediquei-me a perscrutar o combate político em vários estados. Mergulhei no saite do Ibope, procurei outros de jornais e em nenhum dos pesquisados constatei nada parecido com esse espantoso cenário do RN. Não existe similitude. Onde se estabelece menor percentual de votante em dúvida está em cima dos 11%.
Sem exagero nenhum, mas 3% de indecisos ao governo, a mais de um mês das eleições e com uma campanha sem os estardalhaços dos showmícios, bonés, camisetas, panfletos nas paredes...
Inclua aí também, os poucos dias de propaganda em rádio e TV, que as mesmas pesquisas dizem ser algo visto pela minoria dos eleitores. Acha pouco? Bote na caldeirada o ambiente de promiscuidade em que prevalece o “ficando”, com a lealdade partidária indo às favas.
Vários institutos de pesquisa, sem qualquer exceção, estavam frisando que há uma miríade de indecisos. É algo previsível, visto que natural até em eleições passadas, teoricamente mais claras à compreensão do eleitorado.
Independentemente de quem esteja à frente nos números ou atrás, para governo ou Senado, obrigo-me a propor: “Conta outra”.
Diante da piada dos indecisos, tenho uma também ótima: soube que o meu querido Potiguar está com uma contratação de impacto para o Estadual 2007. Ronaldinho Gaúcho, da Seleção e atualmente no Barcelona, vai ser nosso principal jogador na temporada.
Ah, ah, ah, Ronaldinho é Potiguar!!!
PRIMEIRA PÁGINA
RENAVAM – Um cidadão comum se for apanhado com dois ou três veículos de sua propriedade, mas contendo o mesmo registro do Renavam (cadastro nacional de veículos automotivos), é autuado por prática de crime contra o Estado. E quando isso ocorre com uma instituição pública? A partir dessas abordagens, cabe uma pergunta à Controladoria do Município e ao setor de Registro de Patrimônio: é decente que um mesmo Renavam esteja associado a dois ou três veículos da prefeitura? Outra pergunta cretina, reconheço, sim: a frota rodante do município agüenta uma inspeção isenta e séria, com confrontação de documentos/veículos e perícia técnica? Decifra-me ou te devoro.
REAÇÃO – Há poucos dias, num populoso bairro de Mossoró, uma candidata fazia corpo a corpo, num entra-e-sai em casas e comércios, quando modesto comerciante tratou de molhar as próprias mãos com detergente, para evitar cumprimentá-la. Narrando depois o episódio para mim, ele justificou: “Não é por ela não, que é até simpática, mas não tolero político”.
SENADO – Os números do Ibope ao Senado, com empate numérico entre Fernando Bezerra (PTB) e Rosalba Ciarlini (PFL), aparecendo Geraldo Melo (PSDB) atrás com 22%, além de indecisos nos 9%, não oferecem garantias de vitória a ninguém ou derrota consumada de nenhum deles. Mas é bem provável que se um dos candidatos ao governo conseguir esticar vantagem, termine puxando o senador (a) por gravidade. Contudo, aviso, isso não é regra. Um exemplo? Vamos a 1986. Geraldo Melo cresceu na campanha e foi eleito governador, mas os seus candidatos Ismael Wanderley e Zezito Martins perderam para José Agripino e Lavoisier Maia.
GARI, GARI – O grande problema de Wilma de Faria em relação ao concorrente Garibaldi Filho, é o nível de cristalização de votos do peemedebista. Em toda pesquisa, Garibaldi aparece sempre na faixa dos 40 pontos acima. É muito, e quase homogêneo em termos de faixas sociais e geopolíticas. Sobre este assunto nós escrevemos há vários dias, apontando que se a governadora não estilhaçar esse manancial, passando a sorver parte dele, não vingará nas urnas. Isso é fato concreto. Mesmo que o universo de indecisos seja acima dos 10%, não dá para vencer.
RESPEITO – No afã de vencer a todo preço, a política oferece situações pouco edificantes no RN. O material que se planta há dias na imprensa, apostando na desistência negociada de Geraldo Melo, é de uma sordidez imperdoável. Amizade, civilidade e um passado de convivência harmoniosa são trocados pelo embuste, a vilania e a ofensa moral. Derrotado, se for o caso, ninguém poderá tirar de Geraldo a aura da coragem. Nem sempre se cai para baixo. O pior é a coluna cervical envergada, numa reverência comum aos sabujos, frouxos e pusilânimes.
GERAIS
- Em trânsito entre Natal e Mossoró, à madrugada, não pude chegar a tempo de compromisso no programa “A voz do povo” de Zé Mendes, na Rádio Difusora. Fica para amanhã, meu caro Zé.
- A TV Ponta Negra finalmente será captada com melhor qualidade em Mossoró. Equipamentos estão sendo aguardados no sistema de repetidoras do município, no Alto da Pelonha.
- É hoje às 17h na Catedral de Santa Luzia a missa lembrando o primeiro ano de falecimento do jornalista Dorian Jorge Freire.
- O designer Augusto Paiva está finalizando o novo padrão gráfico do Jornal de Fato. Deve implantá-lo ao final deste mês, comemorando o sexto ano de vida do periódico. Promete ser impactante, melhorando bastante o que já é muito bom.
- Obrigado pela leitura deste Blog ao diretor do Hospital Duarte Filho, médico Antônio Gastão; Fabrício Ferreira, técnico em informática e engenheiro Zélito Nunes.
SÓ PRA CONTRARIAR
Indeciso não é o problema numa campanha e, sim, o porquê da indecisão.
Não discuto se o candidato “Y” deveria ter mais votos e o “X” era para estar mais embaixo. Não costumo maquinar se existem engenhosidades por trás das pesquisas. Mexendo com números e a sociologia política há quase duas décadas, enveredo para o campo da interpretação dos quadros “fotografados”. A tradução disso passo aos meus leitor/ouvinte/webleitor e telespectadores.
No caso específico da pesquisa Ibope divulgada na quarta, 23, pela InterTV Cabugi, dá para se surpreender e muito.
Não são as posições dos principais concorrentes ao governo e ao Senado que me atordoam. É particularmente estranho o percentual de indecisos nos dois casos. Para governador são ínfimos 3% e ao Senado até que surge uma “engorda” de 9%.
Se Garibaldi Filho (PMDB) está mais em cima, Wilma de Faria (PSB) aparece muito abaixo etc, não me interessa analisar agora. Estou me lixando para situação de cada um na corrida para o voto. No dia das eleições voto no menos ruim, e pronto. Não trabalho para qualquer dos lados em relevo, até porque é hábito por essas plagas se pagar mal e em certos casos nem isso. Quem recebe “soldo” para fazer de conta que assessora, empilhado em órgãos de imprensa do Estado, é que se imagina valorizado com o michê no bolso. Se receber, lógico. Mas deixa isso para lá. São digressões.
À madrugada, dediquei-me a perscrutar o combate político em vários estados. Mergulhei no saite do Ibope, procurei outros de jornais e em nenhum dos pesquisados constatei nada parecido com esse espantoso cenário do RN. Não existe similitude. Onde se estabelece menor percentual de votante em dúvida está em cima dos 11%.
Sem exagero nenhum, mas 3% de indecisos ao governo, a mais de um mês das eleições e com uma campanha sem os estardalhaços dos showmícios, bonés, camisetas, panfletos nas paredes...
Inclua aí também, os poucos dias de propaganda em rádio e TV, que as mesmas pesquisas dizem ser algo visto pela minoria dos eleitores. Acha pouco? Bote na caldeirada o ambiente de promiscuidade em que prevalece o “ficando”, com a lealdade partidária indo às favas.
Vários institutos de pesquisa, sem qualquer exceção, estavam frisando que há uma miríade de indecisos. É algo previsível, visto que natural até em eleições passadas, teoricamente mais claras à compreensão do eleitorado.
Independentemente de quem esteja à frente nos números ou atrás, para governo ou Senado, obrigo-me a propor: “Conta outra”.
Diante da piada dos indecisos, tenho uma também ótima: soube que o meu querido Potiguar está com uma contratação de impacto para o Estadual 2007. Ronaldinho Gaúcho, da Seleção e atualmente no Barcelona, vai ser nosso principal jogador na temporada.
Ah, ah, ah, Ronaldinho é Potiguar!!!
PRIMEIRA PÁGINA
RENAVAM – Um cidadão comum se for apanhado com dois ou três veículos de sua propriedade, mas contendo o mesmo registro do Renavam (cadastro nacional de veículos automotivos), é autuado por prática de crime contra o Estado. E quando isso ocorre com uma instituição pública? A partir dessas abordagens, cabe uma pergunta à Controladoria do Município e ao setor de Registro de Patrimônio: é decente que um mesmo Renavam esteja associado a dois ou três veículos da prefeitura? Outra pergunta cretina, reconheço, sim: a frota rodante do município agüenta uma inspeção isenta e séria, com confrontação de documentos/veículos e perícia técnica? Decifra-me ou te devoro.
REAÇÃO – Há poucos dias, num populoso bairro de Mossoró, uma candidata fazia corpo a corpo, num entra-e-sai em casas e comércios, quando modesto comerciante tratou de molhar as próprias mãos com detergente, para evitar cumprimentá-la. Narrando depois o episódio para mim, ele justificou: “Não é por ela não, que é até simpática, mas não tolero político”.
SENADO – Os números do Ibope ao Senado, com empate numérico entre Fernando Bezerra (PTB) e Rosalba Ciarlini (PFL), aparecendo Geraldo Melo (PSDB) atrás com 22%, além de indecisos nos 9%, não oferecem garantias de vitória a ninguém ou derrota consumada de nenhum deles. Mas é bem provável que se um dos candidatos ao governo conseguir esticar vantagem, termine puxando o senador (a) por gravidade. Contudo, aviso, isso não é regra. Um exemplo? Vamos a 1986. Geraldo Melo cresceu na campanha e foi eleito governador, mas os seus candidatos Ismael Wanderley e Zezito Martins perderam para José Agripino e Lavoisier Maia.
GARI, GARI – O grande problema de Wilma de Faria em relação ao concorrente Garibaldi Filho, é o nível de cristalização de votos do peemedebista. Em toda pesquisa, Garibaldi aparece sempre na faixa dos 40 pontos acima. É muito, e quase homogêneo em termos de faixas sociais e geopolíticas. Sobre este assunto nós escrevemos há vários dias, apontando que se a governadora não estilhaçar esse manancial, passando a sorver parte dele, não vingará nas urnas. Isso é fato concreto. Mesmo que o universo de indecisos seja acima dos 10%, não dá para vencer.
RESPEITO – No afã de vencer a todo preço, a política oferece situações pouco edificantes no RN. O material que se planta há dias na imprensa, apostando na desistência negociada de Geraldo Melo, é de uma sordidez imperdoável. Amizade, civilidade e um passado de convivência harmoniosa são trocados pelo embuste, a vilania e a ofensa moral. Derrotado, se for o caso, ninguém poderá tirar de Geraldo a aura da coragem. Nem sempre se cai para baixo. O pior é a coluna cervical envergada, numa reverência comum aos sabujos, frouxos e pusilânimes.
GERAIS
- Em trânsito entre Natal e Mossoró, à madrugada, não pude chegar a tempo de compromisso no programa “A voz do povo” de Zé Mendes, na Rádio Difusora. Fica para amanhã, meu caro Zé.
- A TV Ponta Negra finalmente será captada com melhor qualidade em Mossoró. Equipamentos estão sendo aguardados no sistema de repetidoras do município, no Alto da Pelonha.
- É hoje às 17h na Catedral de Santa Luzia a missa lembrando o primeiro ano de falecimento do jornalista Dorian Jorge Freire.
- O designer Augusto Paiva está finalizando o novo padrão gráfico do Jornal de Fato. Deve implantá-lo ao final deste mês, comemorando o sexto ano de vida do periódico. Promete ser impactante, melhorando bastante o que já é muito bom.
- Obrigado pela leitura deste Blog ao diretor do Hospital Duarte Filho, médico Antônio Gastão; Fabrício Ferreira, técnico em informática e engenheiro Zélito Nunes.
SÓ PRA CONTRARIAR
Indeciso não é o problema numa campanha e, sim, o porquê da indecisão.
Um comentário:
carlos o problema de geraldo é que ele fez um governo muito ruim para os professores,colocou policia para reprimir o movimento dos docentes,além de chamá-los de vagabundos....hoje ele amarga o resultado disso.não é que essa classe decida uma eleição,mas com certeza influencia.pergunte a um professor do estado se ele vota em geraldo?
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