terça-feira, novembro 21, 2006

Demissão de poeta é associada à 'arte'

Os registros que este Blog fez há poucos dias, sobre a demissão da Prefeitura de Mossoró do escritor e poeta Marcos Ferreira, continua repercutindo.

O fato de Marcos ocupar cargo na Biblioteca Municipal, ser premiado nacionalmente e, de verdade, significar um lampejo de cultura num ambiente de faz-de-conta, mostra como as autoridades municipais tratam seus valores. Como trabalhava, cumpria expediente, era competente e não afeito à bajulação endêmica, acabou expurgado.

Um webleitor, que conhece como poucos os meandros do poder, mas pede para não ser anunciado, escreve um texto que retrata bem por que Marcos não ganha prestígio e reconhecimento em sua terra. Leia o texto abaixo:

A vida imita a arte

"Carlos Santos, quando vi a notícia da demissão de Marcos Ferreira, me veio logo à mente a remota lembrança de uma peça encenada lá no auditório da Facem, no começo dos anos oitenta, cujo titulo, honestamente, não recordo.

A personagem, interpretada pela genial Tony Silva, lá para as tantas, numa interação com a platéia, descia do palco e perguntava a um espectador onde ele trabalhava. Fazendo de conta que tinha obtido como resposta a Esam (hoje Ufersa), ela aumentava o tom da voz e com espanto dizia: ‘Na Esam? Você tão branco assim.... Se fosse pelo menos rosado!’

Então, amigo, repito a personagem, depois de tantos anos: ‘Marcos, você tão moreno... Se fosse pelo menos rosado.’Ainda, por riba de tudo, para desvantagem do poeta, ele dava expediente... Se pelo menos ele morasse em Natal, Fortaleza ou Alemanha, tudo bem. Saudaçoes"

Nota deste Blog: mais claro, impossível. Além de verdadeiro.

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