Do Watergate ao Guardião
O debate entre oposição e governo em nível de Assembléia Legislativa, em face da denúncia do Ministério Público quanto ao uso do "Guardião", está baseado no emocionalismo e na política menor. O equipamento de rastreamento de conversas telefônicas para a segurança pública, é importante, mas necessita de controle. Essas assertivas são óbvias à luz do bom senso apartidário.
Os litigantes precisam, acima de tudo, estar atentos às variantes legais, dispositivos constitucionais, hábitos paroquiais e ao próprio interesse público.
Há garantia constitucional de inviolabilidade da comunicação pessoal, salvo exceções em nome de interesses maiores.
Mas não deve ser descartada, que a ponderação do MP é absolutamente coerente. O uso indevido do Guardião - e há rumores consistentes sobre isso - é abuso de poder, que se reflete negativamente na sociedade.
Tolher a agilidade dessa ferramenta em importantes operações, onde a celeridade é fundamental em defesa da vida, por exemplo, num sequestro, é não pesar o valor o leque de direitos em jogo.
É bom não esquecermos que vivemos numa paróquia politiqueira, longe de representar excelsitude em termos de convivência entre contrários. Muitos entendem que em política "o feio é perder" e a regra do vale-tudo é uma necessidade de sobrevivência.
Independentemente do ambiente socio-político em que se concentra o debate, vale destacar que o poderoso equipamento nas mãos do Estado, sem um "vigilante" a coibir excessos e delimitar seu trabalho, pode ter efeito contrário bastante danoso.
Observe, que na poderosa sociedade norte-americana, nos anos 70, o presidente Richard Nixon foi obrigado a pegar o boné, depois que foi descoberto seu envolvimento no escândalo "Watergate". Àquela época ficou provado, graças a trabalho investigativo da imprensa (lá ela investiga), que a Casa Branca bancava escuta em sede da oposição ao governo.
Claro que isso, passado quase 40 anos, não derrubaria a governadora Wilma de Faria (PSB) no RN, se ficasse provada situação congênere. Ora, se um alarmante episódio como o "Folioduto" não alterou a rotina de ninguém graúdo, imagine bisbilhotar a vida privada dos outros.
Por aqui, o tal do Big Brother Brasil é um sucesso nacional. A versão oficial do nosso com o Big Brother da Guerreira seria apenas motivo de piada. Rir para não chorar.
Só pra contrariar
O lema do Guardião está definido: "A vida como ela é."
O debate entre oposição e governo em nível de Assembléia Legislativa, em face da denúncia do Ministério Público quanto ao uso do "Guardião", está baseado no emocionalismo e na política menor. O equipamento de rastreamento de conversas telefônicas para a segurança pública, é importante, mas necessita de controle. Essas assertivas são óbvias à luz do bom senso apartidário.
Os litigantes precisam, acima de tudo, estar atentos às variantes legais, dispositivos constitucionais, hábitos paroquiais e ao próprio interesse público.
Há garantia constitucional de inviolabilidade da comunicação pessoal, salvo exceções em nome de interesses maiores.
Mas não deve ser descartada, que a ponderação do MP é absolutamente coerente. O uso indevido do Guardião - e há rumores consistentes sobre isso - é abuso de poder, que se reflete negativamente na sociedade.
Tolher a agilidade dessa ferramenta em importantes operações, onde a celeridade é fundamental em defesa da vida, por exemplo, num sequestro, é não pesar o valor o leque de direitos em jogo.
É bom não esquecermos que vivemos numa paróquia politiqueira, longe de representar excelsitude em termos de convivência entre contrários. Muitos entendem que em política "o feio é perder" e a regra do vale-tudo é uma necessidade de sobrevivência.
Independentemente do ambiente socio-político em que se concentra o debate, vale destacar que o poderoso equipamento nas mãos do Estado, sem um "vigilante" a coibir excessos e delimitar seu trabalho, pode ter efeito contrário bastante danoso.
Observe, que na poderosa sociedade norte-americana, nos anos 70, o presidente Richard Nixon foi obrigado a pegar o boné, depois que foi descoberto seu envolvimento no escândalo "Watergate". Àquela época ficou provado, graças a trabalho investigativo da imprensa (lá ela investiga), que a Casa Branca bancava escuta em sede da oposição ao governo.
Claro que isso, passado quase 40 anos, não derrubaria a governadora Wilma de Faria (PSB) no RN, se ficasse provada situação congênere. Ora, se um alarmante episódio como o "Folioduto" não alterou a rotina de ninguém graúdo, imagine bisbilhotar a vida privada dos outros.
Por aqui, o tal do Big Brother Brasil é um sucesso nacional. A versão oficial do nosso com o Big Brother da Guerreira seria apenas motivo de piada. Rir para não chorar.
Só pra contrariar
O lema do Guardião está definido: "A vida como ela é."
Nenhum comentário:
Postar um comentário