O secretário municipal Nilson Brasil declarou, em entrevista para O Mossoroense, que a Prefeitura “estava fazendo um estudo de viabilidade econômica do abatedouro”.
Ora, o caso do Afim (Abatedouro Frigorífico e Industrial de Mossoró) não é de viabilidade econômica, qualquer pessoa medianamente bem-informada e bem-intencionada sabe disso.
O Afim, quando surgiu nos anos 80 (após anos de construção), tinha um componente econômico, que era a fabricação e comercialização de embutidos e outros produtos.
Hoje, é tão-somente um instrumento de saúde pública.
O objetivo dessa empresa pública municipal fica resumido ao abate de bovinos e suinos. Por sinal, diga-se de passagem, sendo realizado em péssimas condições.
Se a prefeita Fafá Rosado (PFL) - que é profissional da área de saúde – e seus auxiliares não entenderem isso e desejam levar a discussão para outro caminho, pior para Mossoró. De novo. Olha lá, olha lá como isso é nefasto para o cidadão em geral.
Outro dia, a cidade conviveu com a triste notícia do falecimento de uma jovem, motivada por questões ligadas ao consumo de carne de porco contaminada.
Com o grande número de abates clandestinos, estamos todos nós expostos a graves problemas. A carne que chega à nossa mesa, seja de gado ou de porco, tem procedência desconhecida e, logicamente, não passa por fiscalização alguma.
O problema não é de viabilidade econômica, é de saúde, é de vida... Fora disso, o debate é fincado na ignorância, na burrice que se transforma em vírus endêmico na atividade pública mossoroense.
O Ministério Público (nosso zeloso guardião) estará atento para mais esta questão.
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