Reinventar ou capitular
A invasão do Congresso Nacional por uma horda denominada de Movimento de Libertação dos Sem-terra (MLST), uma dissidência do Movimento dos Sem-terra (MST), ocorrida nessa terça, 6, não causa perplexidade. Quem acompanha recentes acontecimentos da vida nacional, onde o Estado real e foras da lei se misturam, em acertos velados ou em hábitos comuns, percebe que o ataque do MLST é algo natural.
Pelo comportamento contemporâneo dos congressistas brasileiros, endossando mensaleiros e impedindo investigação de mais de 280 parlamentares citados como “sanguessugas”, falta ao legislativo nacional autoridade moral. Daí a naturalidade com que arruaceiros invadem a chamada “casa do povo”. Mais um pouco, tinham surrado deputados e senadores. E talvez o povão até aplaudisse.
Há um estilhaçamento moral das instituições brasileiras.
Girando o olhar para outro lado da Praça dos Três Poderes em Brasília, temos um presidente que nada ver, escuta ou fala. Transformou o cinismo em virtude e a amnésia seletiva em estilo de governar.
Quanto ao Judiciário, continua lento e afeito a concessões como garantir hábeas corpus preventivo a quadrilheiros que assaltam o erário.
Em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa, impõe terror ao mais rico dos estados brasileiros e só pára impondo condições ao governo estadual. Acordo de cavalheiros.
Na imprensa, que se denomina de o “quarto poder”, temos constatação de morte cerebral. Mantida por aparelhos, ou seja, verbas estatais, raríssimas vezes pensa e age sob os primados da atividade. A esperança é que seja outra vez privatizada algum dia.
A igreja, outrora tribuna da decência, mergulha em vícios que vão da pederastia à pedofilia, além de outros pecados. De quebra, se ruboriza com a utilização de camisinha no combate a doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Falta-lhe retroceder no tempo, sendo cristã de verdade. Gente e espírito.
E a família brasileira, hein!? É a grande vítima dessa era de incertezas e esqualidez da moralidade. Sem conseguir pelo menos preservar o costume multissecular da reunião à mesa, sitiada entre a marginalidade que droga seus filhos e instituições que são uma droga, ela se desespera diante de tantas incertezas.
Num tempo em que policial esconde no bolso o distintivo e político começa a se acanhar de sê-lo, bandido mostra a cara com orgulho e as bolhas nos pés de Ronaldo atormentam um país, constatamos angustiados: acendeu o sinal de alerta.
Este país precisa ser reinventado ou se entregar de vez ao estigma de terra de degredados, legado do Velho Mundo. Se não construirmos outra civilização sob nova ordem, estaremos fadados à marginalidade consentida, reproduzindo biologicamente os vícios de uma etnia, como se fôssemos um povo inferior.
PRIMEIRA PÁGINA
ACORDÃO – Em entrevista ontem à imprensa, a governadora Wilma de Faria (PSB) pregou: “Contra o acordão (PMDB-PFL) é apoiar Wilma de Faria.” Para ela, há um movimento crescente nas bases de PMDB e PFL contra a aliança que os líderes estaduais do partido andaram costurando (mas agora vitimada de morte pelo TSE). A governadora acrescentou que resolveu ser candidata à reeleição, “porque se não o RN não teria disputa. Seria chapa única.”
NADA FEITO – Como noticiamos em primeira mão, através deste Blog, está desfeita a aliança entre PMDB e PFL no RN. O TSE resolveu radicalizar em se tratando de verticalização. Mesmo não tendo candidato a presidente da República, o PMDB – ou qualquer outra sigla - não pode partir para a promiscuidade em coalizões com qualquer legenda. Portanto, o “acasalamento político” entre Garibaldi Filho (PMDB) e Rosalba Ciarlini (PFL) não passou de um sonho de verão. (Veja mais detalhes nesta coluna e abaixo, em matéria postada no início da manhã de hoje).
NADA FEITO II – Mesmo que procurem um acordão “no paralelo”, ou seja, fora do que estabelece a normatização tomada pelo TSE, PMDB e PFL estarão sujeitos a duras sanções. Com o atual cenário, o senador Geraldo Melo (PSDB) que tinha sido desdenhado pelo PMDB, passa a ser o parceiro natural do PFL. Toda a arrumação feita pelos líderes Garibaldi Filho e José Agripino (PFL), até encontrando resistências radicais em áreas localizadas do Estado, em suas bases, não valeu nada. Nada feito.
PT FORA – Do lado do governismo, também não faltam problemas, mas em menor escala. Simplificando: PSB da governadora Wilma de Faria e PT não podem estar juntos, visto que não ocorre até aqui uma coalizão na chapa presidencial. Portanto, o ex-secretário de Saúde Ruy Pereira (PT), definido para suplente do senador Fernando Bezerra (PTB), está vetado pela verticalização ortodoxa.
PSDB – O PSDB do senador Geraldo Melo é o menos atingido, entre as grandes legendas com presença no RN. Ele já estava em faixa própria. Agora vai avaliar se lança um candidato a governador, mantendo sua postulação ao Senado, ou se parte à acomodação com o próprio PFL. Não esqueça: no plano nacional, o PSDB tem Geraldo Alckmin como candidato presidencial e José Jorge do PFL pernambucano a vice.
ROSALBA – A ex-prefeita Rosalba Ciarlini que desde o final da semana passada estava em pré-campanha ao lado de Garibaldi Filho, é atingida frontalmente. O PFL se juntando oficialmente com o PSDB de Geraldo Melo, os dois partidos terão que definir quem será o nome ao Senado da aliança. O PFL tem ainda a hipótese de fazer uma chapa puro sangue, com um candidato a governador.
ALTERNATIVA – Outra alternativa ao PFL de Rosalba é sair em faixa própria. Aí, a ex-prefeita teria apoio branco do PMDB de Garibaldi Filho. Praticamente o peemedebismo adotaria Rosalba como candidata “terceirizada” ao Senado. O problema, é que a Justiça Eleitoral tende a punir essa tentativa de sublevação da lei. A verticalização é, como a própria semântica e termos normativos induzem a crer, uma decisão de cima para baixo. Uniforme. Severíssima.
NANICOS – Além da cláusula de barreira, obrigando os partidos ao alcance de pelo menos 5% da votação congressual, que lhes garanta as benesses do registro legal, agora aparece a verticalização xiita. Nos termos dessa resolução do TSE, os nanicos são levados à disputa em faixa própria ou têm que se juntar aos grandes, em especial os concorrentes presidenciais Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
VICE – As conversas internas no PFL para escolha do vice de Garibaldi Filho não apenas estão suspensas, como canceladas. Agora, o pefelismo terá que raciocinar quanto ao caminho a seguir, depois decide sobre nomes. No PMDB, o vice agora terá que ser de outra legenda solta, ou mesmo alguém dos próprios quadros do partido. Além disso, os postulantes ao Senado e suplências tendem a sair de iguais faixas hipotéticas. Ou será que o PMDB apoiará Rosalba contra a lei? Barulho enorme.
CONVENÇÕES – Também não deve ser ignorado, que há uma corrida contra o tempo, com uma Copa do Mundo pelo meio. Até o final deste mês as convenções partidárias e de alianças devem estar concluídas. Não há tempo a perder. As costuras políticas obedecerão a critérios que passam pelo relógio e calendário.
PROPORCIONAL – A corrida à Assembléia Legislativa e à Câmara Federal também está praticamente zerada. Cálculos, estimativas de votos, fórmulas quanto a alianças, coligações etc, não estão definidos. Quem estava “praticamente eleito” tem que se mexer e procurar alguma luz em meio à bruma. Os “praticamente derrotados” têm novo ânimo. Entretanto, não é possível se afirmar nada com segurança diante desse choque.
MUNICÍPIOS – As campanhas “em terra firme”, ou seja, nos municípios do Estado, através de comícios, contatos corpo a corpo etc, ganham um ingrediente a mais. A turbulência causada pela resolução do TSE produzirá palanques surrealistas. Pode acontecer de candidatos aparecerem juntos – por força da legislação – na TV e em programas de rádio, mas ficarem distantes nos municípios.
HORIZONTALIZAÇÃO – O ministro Marco Aurélio Mello, um dos melhores nomes do TSE, comenta que essa corte não permitirá a “horizontalização” das campanhas, em alianças fora do formalizado às chapas presidenciais. Exemplo: se PSB e PL estiverem unidos no RN, não podem estar separados no Rio de Janeiro ou na Paraíba. Teremos, a prevalecer essa normatização, a mais atípica das campanhas eleitorais do país em todos os tempos.
FERNANDO – O senador precisa de uma aliança fechada entre PT-PTB-PSB em torno de Lula, para conseguir repetir a junção no RN. Do contrário, também sofrerá sobremodo para se viabilizar no RN no projeto de reeleição.
GERAIS
- Juiz de Direito na comarca de Mossoró e professor da UNP, o cearense Renato Magalhães mergulha em um novo e ousado projeto: lançar as raízes para implantar nessa instituição, a inovadora disciplina que verse sobre o mundo digital no Direito.
- Recomendável que a Polícia Rodoviária Federal inspecione com acuidade ônibus e outros transportes para estudantes em circulação no Estado. A precariedade de alguns veículos é visível, mas nem todos atestam tão facilmente o perigo a que expõem seus passageiros.
- Uma delícia o novo número da revista Preá, uma das boas crias da gestão do mestre François Silvestre à frente da Fundação José Augusto. A cultura, de verdade, explode com leveza ou contundência em cada página. Ótimo material gráfico-editorial tocado por Tácito Costa, seu editor.
- Funcionários da Emater estão em estado de greve. Cobram reajuste salarial ao governo. Se não chegarem a um entendimento, tendem à paralisação a partir do dia 12, ou seja, Copa do Mundo livres, leves e lisos.
- O dramalhão que “comoveu” o país durante alguns dias, com bolhas no calcanhar direito do atacante Ronaldo, da Seleção Brasileira, atende pelo nome de Mercurial Vapor III, chuteira especialmente feita para ele pela Nike, que o patrocina e ao grupo verde-amarelo. O produto custa em média R$ 599 no mercado brasileiro. Portanto, impróprio para peladeiros de plantão e lisos. A vantagem, não usando a Mercurial, é se poupar das bolhas.
- América e ABC devem decidir a Copa RN. Ontem em Natal, o Baraúnas venceu o América por 2 x 1 no tempo normal. Nos pênaltis, levou a pior com escore de 2 x 4.
- Uma morte na manhã de hoje na Zona Norte em Natal. Um trem bateu em veículo e provocou a morte do seu motorista, identificado como Francisco Caetano da Silva.
- Obrigado aos companheiros da imprensa, em especial a escrita, pelo aproveitamento de linhas de raciocínio e notícias postadas por este Blog. Mesmo que se recomende a citação da fonte e, isso não seja feito, vale a pena saber a densidade com que estamos sendo lidos, reproduzidos e acreditados. Ave, jornalismo! Aos que fazem a citação, o agradecimento amplificado pelo bom jornalismo, com respeito à ética e aos costumes sadios e civilizados da atividade.
SÓ PRA CONTRARIAR
Depois de ter quebrado o monopólio da perfídia no RN, será que PMDB e PFL tentarão um casamento político fora da lei, diante da verticalização ortodoxa?
A invasão do Congresso Nacional por uma horda denominada de Movimento de Libertação dos Sem-terra (MLST), uma dissidência do Movimento dos Sem-terra (MST), ocorrida nessa terça, 6, não causa perplexidade. Quem acompanha recentes acontecimentos da vida nacional, onde o Estado real e foras da lei se misturam, em acertos velados ou em hábitos comuns, percebe que o ataque do MLST é algo natural.
Pelo comportamento contemporâneo dos congressistas brasileiros, endossando mensaleiros e impedindo investigação de mais de 280 parlamentares citados como “sanguessugas”, falta ao legislativo nacional autoridade moral. Daí a naturalidade com que arruaceiros invadem a chamada “casa do povo”. Mais um pouco, tinham surrado deputados e senadores. E talvez o povão até aplaudisse.
Há um estilhaçamento moral das instituições brasileiras.
Girando o olhar para outro lado da Praça dos Três Poderes em Brasília, temos um presidente que nada ver, escuta ou fala. Transformou o cinismo em virtude e a amnésia seletiva em estilo de governar.
Quanto ao Judiciário, continua lento e afeito a concessões como garantir hábeas corpus preventivo a quadrilheiros que assaltam o erário.
Em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa, impõe terror ao mais rico dos estados brasileiros e só pára impondo condições ao governo estadual. Acordo de cavalheiros.
Na imprensa, que se denomina de o “quarto poder”, temos constatação de morte cerebral. Mantida por aparelhos, ou seja, verbas estatais, raríssimas vezes pensa e age sob os primados da atividade. A esperança é que seja outra vez privatizada algum dia.
A igreja, outrora tribuna da decência, mergulha em vícios que vão da pederastia à pedofilia, além de outros pecados. De quebra, se ruboriza com a utilização de camisinha no combate a doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Falta-lhe retroceder no tempo, sendo cristã de verdade. Gente e espírito.
E a família brasileira, hein!? É a grande vítima dessa era de incertezas e esqualidez da moralidade. Sem conseguir pelo menos preservar o costume multissecular da reunião à mesa, sitiada entre a marginalidade que droga seus filhos e instituições que são uma droga, ela se desespera diante de tantas incertezas.
Num tempo em que policial esconde no bolso o distintivo e político começa a se acanhar de sê-lo, bandido mostra a cara com orgulho e as bolhas nos pés de Ronaldo atormentam um país, constatamos angustiados: acendeu o sinal de alerta.
Este país precisa ser reinventado ou se entregar de vez ao estigma de terra de degredados, legado do Velho Mundo. Se não construirmos outra civilização sob nova ordem, estaremos fadados à marginalidade consentida, reproduzindo biologicamente os vícios de uma etnia, como se fôssemos um povo inferior.
PRIMEIRA PÁGINA
ACORDÃO – Em entrevista ontem à imprensa, a governadora Wilma de Faria (PSB) pregou: “Contra o acordão (PMDB-PFL) é apoiar Wilma de Faria.” Para ela, há um movimento crescente nas bases de PMDB e PFL contra a aliança que os líderes estaduais do partido andaram costurando (mas agora vitimada de morte pelo TSE). A governadora acrescentou que resolveu ser candidata à reeleição, “porque se não o RN não teria disputa. Seria chapa única.”
NADA FEITO – Como noticiamos em primeira mão, através deste Blog, está desfeita a aliança entre PMDB e PFL no RN. O TSE resolveu radicalizar em se tratando de verticalização. Mesmo não tendo candidato a presidente da República, o PMDB – ou qualquer outra sigla - não pode partir para a promiscuidade em coalizões com qualquer legenda. Portanto, o “acasalamento político” entre Garibaldi Filho (PMDB) e Rosalba Ciarlini (PFL) não passou de um sonho de verão. (Veja mais detalhes nesta coluna e abaixo, em matéria postada no início da manhã de hoje).
NADA FEITO II – Mesmo que procurem um acordão “no paralelo”, ou seja, fora do que estabelece a normatização tomada pelo TSE, PMDB e PFL estarão sujeitos a duras sanções. Com o atual cenário, o senador Geraldo Melo (PSDB) que tinha sido desdenhado pelo PMDB, passa a ser o parceiro natural do PFL. Toda a arrumação feita pelos líderes Garibaldi Filho e José Agripino (PFL), até encontrando resistências radicais em áreas localizadas do Estado, em suas bases, não valeu nada. Nada feito.
PT FORA – Do lado do governismo, também não faltam problemas, mas em menor escala. Simplificando: PSB da governadora Wilma de Faria e PT não podem estar juntos, visto que não ocorre até aqui uma coalizão na chapa presidencial. Portanto, o ex-secretário de Saúde Ruy Pereira (PT), definido para suplente do senador Fernando Bezerra (PTB), está vetado pela verticalização ortodoxa.
PSDB – O PSDB do senador Geraldo Melo é o menos atingido, entre as grandes legendas com presença no RN. Ele já estava em faixa própria. Agora vai avaliar se lança um candidato a governador, mantendo sua postulação ao Senado, ou se parte à acomodação com o próprio PFL. Não esqueça: no plano nacional, o PSDB tem Geraldo Alckmin como candidato presidencial e José Jorge do PFL pernambucano a vice.
ROSALBA – A ex-prefeita Rosalba Ciarlini que desde o final da semana passada estava em pré-campanha ao lado de Garibaldi Filho, é atingida frontalmente. O PFL se juntando oficialmente com o PSDB de Geraldo Melo, os dois partidos terão que definir quem será o nome ao Senado da aliança. O PFL tem ainda a hipótese de fazer uma chapa puro sangue, com um candidato a governador.
ALTERNATIVA – Outra alternativa ao PFL de Rosalba é sair em faixa própria. Aí, a ex-prefeita teria apoio branco do PMDB de Garibaldi Filho. Praticamente o peemedebismo adotaria Rosalba como candidata “terceirizada” ao Senado. O problema, é que a Justiça Eleitoral tende a punir essa tentativa de sublevação da lei. A verticalização é, como a própria semântica e termos normativos induzem a crer, uma decisão de cima para baixo. Uniforme. Severíssima.
NANICOS – Além da cláusula de barreira, obrigando os partidos ao alcance de pelo menos 5% da votação congressual, que lhes garanta as benesses do registro legal, agora aparece a verticalização xiita. Nos termos dessa resolução do TSE, os nanicos são levados à disputa em faixa própria ou têm que se juntar aos grandes, em especial os concorrentes presidenciais Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
VICE – As conversas internas no PFL para escolha do vice de Garibaldi Filho não apenas estão suspensas, como canceladas. Agora, o pefelismo terá que raciocinar quanto ao caminho a seguir, depois decide sobre nomes. No PMDB, o vice agora terá que ser de outra legenda solta, ou mesmo alguém dos próprios quadros do partido. Além disso, os postulantes ao Senado e suplências tendem a sair de iguais faixas hipotéticas. Ou será que o PMDB apoiará Rosalba contra a lei? Barulho enorme.
CONVENÇÕES – Também não deve ser ignorado, que há uma corrida contra o tempo, com uma Copa do Mundo pelo meio. Até o final deste mês as convenções partidárias e de alianças devem estar concluídas. Não há tempo a perder. As costuras políticas obedecerão a critérios que passam pelo relógio e calendário.
PROPORCIONAL – A corrida à Assembléia Legislativa e à Câmara Federal também está praticamente zerada. Cálculos, estimativas de votos, fórmulas quanto a alianças, coligações etc, não estão definidos. Quem estava “praticamente eleito” tem que se mexer e procurar alguma luz em meio à bruma. Os “praticamente derrotados” têm novo ânimo. Entretanto, não é possível se afirmar nada com segurança diante desse choque.
MUNICÍPIOS – As campanhas “em terra firme”, ou seja, nos municípios do Estado, através de comícios, contatos corpo a corpo etc, ganham um ingrediente a mais. A turbulência causada pela resolução do TSE produzirá palanques surrealistas. Pode acontecer de candidatos aparecerem juntos – por força da legislação – na TV e em programas de rádio, mas ficarem distantes nos municípios.
HORIZONTALIZAÇÃO – O ministro Marco Aurélio Mello, um dos melhores nomes do TSE, comenta que essa corte não permitirá a “horizontalização” das campanhas, em alianças fora do formalizado às chapas presidenciais. Exemplo: se PSB e PL estiverem unidos no RN, não podem estar separados no Rio de Janeiro ou na Paraíba. Teremos, a prevalecer essa normatização, a mais atípica das campanhas eleitorais do país em todos os tempos.
FERNANDO – O senador precisa de uma aliança fechada entre PT-PTB-PSB em torno de Lula, para conseguir repetir a junção no RN. Do contrário, também sofrerá sobremodo para se viabilizar no RN no projeto de reeleição.
GERAIS
- Juiz de Direito na comarca de Mossoró e professor da UNP, o cearense Renato Magalhães mergulha em um novo e ousado projeto: lançar as raízes para implantar nessa instituição, a inovadora disciplina que verse sobre o mundo digital no Direito.
- Recomendável que a Polícia Rodoviária Federal inspecione com acuidade ônibus e outros transportes para estudantes em circulação no Estado. A precariedade de alguns veículos é visível, mas nem todos atestam tão facilmente o perigo a que expõem seus passageiros.
- Uma delícia o novo número da revista Preá, uma das boas crias da gestão do mestre François Silvestre à frente da Fundação José Augusto. A cultura, de verdade, explode com leveza ou contundência em cada página. Ótimo material gráfico-editorial tocado por Tácito Costa, seu editor.
- Funcionários da Emater estão em estado de greve. Cobram reajuste salarial ao governo. Se não chegarem a um entendimento, tendem à paralisação a partir do dia 12, ou seja, Copa do Mundo livres, leves e lisos.
- O dramalhão que “comoveu” o país durante alguns dias, com bolhas no calcanhar direito do atacante Ronaldo, da Seleção Brasileira, atende pelo nome de Mercurial Vapor III, chuteira especialmente feita para ele pela Nike, que o patrocina e ao grupo verde-amarelo. O produto custa em média R$ 599 no mercado brasileiro. Portanto, impróprio para peladeiros de plantão e lisos. A vantagem, não usando a Mercurial, é se poupar das bolhas.
- América e ABC devem decidir a Copa RN. Ontem em Natal, o Baraúnas venceu o América por 2 x 1 no tempo normal. Nos pênaltis, levou a pior com escore de 2 x 4.
- Uma morte na manhã de hoje na Zona Norte em Natal. Um trem bateu em veículo e provocou a morte do seu motorista, identificado como Francisco Caetano da Silva.
- Obrigado aos companheiros da imprensa, em especial a escrita, pelo aproveitamento de linhas de raciocínio e notícias postadas por este Blog. Mesmo que se recomende a citação da fonte e, isso não seja feito, vale a pena saber a densidade com que estamos sendo lidos, reproduzidos e acreditados. Ave, jornalismo! Aos que fazem a citação, o agradecimento amplificado pelo bom jornalismo, com respeito à ética e aos costumes sadios e civilizados da atividade.
SÓ PRA CONTRARIAR
Depois de ter quebrado o monopólio da perfídia no RN, será que PMDB e PFL tentarão um casamento político fora da lei, diante da verticalização ortodoxa?
Um comentário:
que exagero é esse cara pálida, em tudo se dá um jeito, até parece que você não é da aldeia
Postar um comentário