Um vice que não atrapalhe
O PFL deve anunciar na manhã de hoje em Natal o nome do deputado federal Ney Lopes para ser candidato a vice-governador, na chapa ao governo do senador Garibaldi Filho (PMDB). O pefelismo suou para chegar a essa escolha, sobretudo em face de dificuldades com suas bases, pressões localizadas, que são incômodos motivados pela aliança com o PMDB, adversário histórico do pefelismo.
Em princípio, o primeiro nome pensado a vice era o do deputado estadual oestano Getúlio Rego (PFL). Ele não radicalizou e abriu caminho para o PFL tentar o presidente da Assembléia Legislativa Robinson Faria (PMN). Esse optou por ficar ao lado da governadora Wilma de Faria (PSB).
O recuo de Robinson gerou novo cerco a Getúlio, o próprio deputado estadual José Adécio (PFL) e até houve citação do nome do filho do senador José Agripino (PFL), advogado Felipe Maia (PFL). Apesar de declarar à imprensa que não tinha preferências pessoais para o seu companheiro de chapa, Garibaldi sabia que era preciso de um vice que pelo menos não atrapalhasse.
O deputado federal Ney Lopes encaixa-se nas pretensões de Garibaldi Filho. O temor, que até antecipamos aqui há mais de um mês, seria se formar uma chapa excessivamente pesada com as marcas Alves-Maias. Por isso é que existiu ponderação de Alves à não-indicação de Felipe. O senador José Agripino compreendeu a argumentação. Seria um prato cheio ao discurso contra os “caciques” da política, empinado há tempos pela governadora Wilma de Faria.
Com as chapas definidas, até o início de julho teremos oficialmente a campanha nas ruas. Sim, porque de fato ela está em andamento há bastante tempo. O jeito é recorrer a um lugar comum: que vença o melhor.
PRIMEIRA PÁGINA
SUFOCO – A deputada estadual Gesane Marinho e o deputado federal Álvaro Dias do PDT, que pretendem vaga à Assembléia Legislativa nas eleições deste ano, estão apreensivos. E com razão. O PDT nacional decide hoje se terá o senador Cristovam Buarque como candidato presidencial ou não. Havendo confirmação do nome presidencial, o PDT não terá como fazer aliança com o PMDB no RN, como pretende o deputado Álvaro Dias. Até eleição a deputado estadual estará comprometida.
PASSADO – O vereador natalense, jornalista Edivan Martins (PV), não está irritado por acaso com a decisão do seu partido em seguir em aliança com o PSB da governadora Wilma de Faria. Ele era o nome certo à primeira suplência da candidata ao Senado Rosalba Ciarlini (PFL), na coalizão PMDB-PFL. A propósito, não se sentiria embaraçado, haja vista que historicamente nasceu em berço político peemedebista.
PESQUISA – Os números da pesquisa Consult/O Poti que este Blog divulgou no sábado (veja matérias em postagens identificadas ao lado ou abaixo) não trouxe surpresas. Entretanto, podem ser vistos como aditivos a mais à compreensão da atual fase da disputa eleitoral no RN este ano.
PESQUISA II – Em nível de disputa ao governo, os números revelam que a aliança anunciada entre PMDB e PFL ainda não decolou. É residual o crescimento de Garibaldi Filho em relação à sondagem anterior do mesmo instituto. Ficou em 3,82%. Muitos próceres de PMDB e PFL apostavam numa arrancada avassaladora. Pelo visto, o eleitor ainda está tentando avaliar exatamente todos os aspectos relacionados a esse acordo entre adversários históricos. Uma mistura heterogênea.
PESQUISA III - Quanto ao Senado, a disputa se revela completamente indefinida e num cenário repleto de dúvidas, hipóteses variadas. O senador Fernando Bezerra (PTB) com 27,71%, tem uma dianteira modesta em relação ao ex-senador Geraldo Melo (PSDB) que aparece com 23,82% - veja matéria já postada - e um pouco maior num comparativo com Rosalba Ciarlini, que alcançou 21,18%.
PESQUISA IV - Outro detalhe é que em se tratando de rejeição, apesar de ser o “novo”, a ex-prefeita mossoroense aparece como vice-campeã nesse ítem com 12,4%. Perde para Geraldo que é assinalado por 14,05 e Fernando Bezerra com o menor índice, chegando a 10,03%.
ROSALBA – O índice de rejeição de Rosalba é estranho, podendo sinalizar um ranço de setores do PMDB, reagindo à sua postulação em detrimento de Geraldo Melo, anunciado desde há algum tempo como o candidato dos Alves e do partido ao Senado, para depois ser escanteado. Só mesmo uma sondagem mais profunda, numa pesquisa qualitativa, pode dimensionar se a intolerância tem essa origem ou é o acúmulo de outros fatores. Contudo, deve ser algo a levantar preocupação ao projeto do seu grupo de torná-la senadora.
GERALDO – Sendo candidato a senador numa faixa própria, podendo ser votado por segmentos do peemedebismo que o têm em maior empatia e eleitores da própria governadora Wilma de Faria, o ex-senador Geraldo Melo dá uma dinâmica incomum à corrida ao Senado. Mais do que nunca, para Rosalba Ciarlini, ela precisará de crescimento vertiginoso de Garibaldi Filho ao governo, puxando-a por gravidade. Não é à toa que a ex-prefeita colocou em Garibaldi Filho nessa pré-campanha, empreendendo uma ingente caminhada pelo Estado, em bases peemedebistas.
FERNANDO – Quanto ao senador Fernando Bezerra, apesar de ser o nome oficial da governadora Wilma de Faria ao governo e está candidato há bastante tempo, tem uma vantagem muito modesta em relação aos adversários. Não possui “gordura” suficiente para perder no curso da campanha. Talvez seja o concorrente com maior risco a perdas durante a disputa com os outros disputantes.
GERAIS
- A construtora Multi prepara construção de condomínio no Nova Betânia que contará com o primeiro elevador panorâmico de Mossoró.
- O novo Palácio do Forró, casa de shows que funciona no centro de Mossoró, está sendo construído à saída para Tibau, BR-304. Sua inauguração será no final de julho, tendo como uma das atrações o grupo Aviões do Forró.
- Quem leu o comentário de abertura da Coluna do Herzog de sexta, 16 (veja abaixo neste Blog ou clicando ao lado), observará que o conteúdo do texto retratou técnico e taticamente o Brasil neste início de Copa do Mundo. Se leu, releia.
SÓ PRA CONTRARIAR
O PFL deve anunciar na manhã de hoje em Natal o nome do deputado federal Ney Lopes para ser candidato a vice-governador, na chapa ao governo do senador Garibaldi Filho (PMDB). O pefelismo suou para chegar a essa escolha, sobretudo em face de dificuldades com suas bases, pressões localizadas, que são incômodos motivados pela aliança com o PMDB, adversário histórico do pefelismo.
Em princípio, o primeiro nome pensado a vice era o do deputado estadual oestano Getúlio Rego (PFL). Ele não radicalizou e abriu caminho para o PFL tentar o presidente da Assembléia Legislativa Robinson Faria (PMN). Esse optou por ficar ao lado da governadora Wilma de Faria (PSB).
O recuo de Robinson gerou novo cerco a Getúlio, o próprio deputado estadual José Adécio (PFL) e até houve citação do nome do filho do senador José Agripino (PFL), advogado Felipe Maia (PFL). Apesar de declarar à imprensa que não tinha preferências pessoais para o seu companheiro de chapa, Garibaldi sabia que era preciso de um vice que pelo menos não atrapalhasse.
O deputado federal Ney Lopes encaixa-se nas pretensões de Garibaldi Filho. O temor, que até antecipamos aqui há mais de um mês, seria se formar uma chapa excessivamente pesada com as marcas Alves-Maias. Por isso é que existiu ponderação de Alves à não-indicação de Felipe. O senador José Agripino compreendeu a argumentação. Seria um prato cheio ao discurso contra os “caciques” da política, empinado há tempos pela governadora Wilma de Faria.
Com as chapas definidas, até o início de julho teremos oficialmente a campanha nas ruas. Sim, porque de fato ela está em andamento há bastante tempo. O jeito é recorrer a um lugar comum: que vença o melhor.
PRIMEIRA PÁGINA
SUFOCO – A deputada estadual Gesane Marinho e o deputado federal Álvaro Dias do PDT, que pretendem vaga à Assembléia Legislativa nas eleições deste ano, estão apreensivos. E com razão. O PDT nacional decide hoje se terá o senador Cristovam Buarque como candidato presidencial ou não. Havendo confirmação do nome presidencial, o PDT não terá como fazer aliança com o PMDB no RN, como pretende o deputado Álvaro Dias. Até eleição a deputado estadual estará comprometida.
PASSADO – O vereador natalense, jornalista Edivan Martins (PV), não está irritado por acaso com a decisão do seu partido em seguir em aliança com o PSB da governadora Wilma de Faria. Ele era o nome certo à primeira suplência da candidata ao Senado Rosalba Ciarlini (PFL), na coalizão PMDB-PFL. A propósito, não se sentiria embaraçado, haja vista que historicamente nasceu em berço político peemedebista.
PESQUISA – Os números da pesquisa Consult/O Poti que este Blog divulgou no sábado (veja matérias em postagens identificadas ao lado ou abaixo) não trouxe surpresas. Entretanto, podem ser vistos como aditivos a mais à compreensão da atual fase da disputa eleitoral no RN este ano.
PESQUISA II – Em nível de disputa ao governo, os números revelam que a aliança anunciada entre PMDB e PFL ainda não decolou. É residual o crescimento de Garibaldi Filho em relação à sondagem anterior do mesmo instituto. Ficou em 3,82%. Muitos próceres de PMDB e PFL apostavam numa arrancada avassaladora. Pelo visto, o eleitor ainda está tentando avaliar exatamente todos os aspectos relacionados a esse acordo entre adversários históricos. Uma mistura heterogênea.
PESQUISA III - Quanto ao Senado, a disputa se revela completamente indefinida e num cenário repleto de dúvidas, hipóteses variadas. O senador Fernando Bezerra (PTB) com 27,71%, tem uma dianteira modesta em relação ao ex-senador Geraldo Melo (PSDB) que aparece com 23,82% - veja matéria já postada - e um pouco maior num comparativo com Rosalba Ciarlini, que alcançou 21,18%.
PESQUISA IV - Outro detalhe é que em se tratando de rejeição, apesar de ser o “novo”, a ex-prefeita mossoroense aparece como vice-campeã nesse ítem com 12,4%. Perde para Geraldo que é assinalado por 14,05 e Fernando Bezerra com o menor índice, chegando a 10,03%.
ROSALBA – O índice de rejeição de Rosalba é estranho, podendo sinalizar um ranço de setores do PMDB, reagindo à sua postulação em detrimento de Geraldo Melo, anunciado desde há algum tempo como o candidato dos Alves e do partido ao Senado, para depois ser escanteado. Só mesmo uma sondagem mais profunda, numa pesquisa qualitativa, pode dimensionar se a intolerância tem essa origem ou é o acúmulo de outros fatores. Contudo, deve ser algo a levantar preocupação ao projeto do seu grupo de torná-la senadora.
GERALDO – Sendo candidato a senador numa faixa própria, podendo ser votado por segmentos do peemedebismo que o têm em maior empatia e eleitores da própria governadora Wilma de Faria, o ex-senador Geraldo Melo dá uma dinâmica incomum à corrida ao Senado. Mais do que nunca, para Rosalba Ciarlini, ela precisará de crescimento vertiginoso de Garibaldi Filho ao governo, puxando-a por gravidade. Não é à toa que a ex-prefeita colocou em Garibaldi Filho nessa pré-campanha, empreendendo uma ingente caminhada pelo Estado, em bases peemedebistas.
FERNANDO – Quanto ao senador Fernando Bezerra, apesar de ser o nome oficial da governadora Wilma de Faria ao governo e está candidato há bastante tempo, tem uma vantagem muito modesta em relação aos adversários. Não possui “gordura” suficiente para perder no curso da campanha. Talvez seja o concorrente com maior risco a perdas durante a disputa com os outros disputantes.
GERAIS
- A construtora Multi prepara construção de condomínio no Nova Betânia que contará com o primeiro elevador panorâmico de Mossoró.
- O novo Palácio do Forró, casa de shows que funciona no centro de Mossoró, está sendo construído à saída para Tibau, BR-304. Sua inauguração será no final de julho, tendo como uma das atrações o grupo Aviões do Forró.
- Quem leu o comentário de abertura da Coluna do Herzog de sexta, 16 (veja abaixo neste Blog ou clicando ao lado), observará que o conteúdo do texto retratou técnico e taticamente o Brasil neste início de Copa do Mundo. Se leu, releia.
SÓ PRA CONTRARIAR
A morte do humorista Bussunda é uma enorme contrariedade, num tempo em que o país às vezes parece sem graça ou condenado à desgraça continuada.
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